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De metaverso a biologia sintética: Amy Webb traz as tendências do SXSW 2022

O que se faz com uma tendência? A provocação da especialista é conseguir olhar para o futuro e ter fôlego para criar novas possibilidades

De metaverso a biologia sintética: Amy Webb traz as tendências do SXSW 2022

Amy Webb no festival SXSW 2022 (foto: Kaylin Balderrama/SXSW)

, Jornalista

6 min

14 mar 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Camila Petry Feiler

Quando Amy Webb fala, o mundo para e escuta. Professora da NYU Stern School of Business e CEO do Future Today Institute,  há 15 anos ela lança o Tech Trends Report no South by Southwest (SXSW), festival de inovação e tecnologia que ocorre em Austin, no Texas. A atração, uma das principais do evento, trouxe o que Amy vê se desenhando para o futuro. Em 2022, ela olha para 2027, 2032 e 2037 e apresenta as principais tendências que vão afetar a sociedade, os negócios e o consumo neste e nos próximos anos. 

De metaverso, um dos grandes focos do festival, passando por trabalho e cultura, blockchain e biologia sintética, ela afirma que “você precisa usar as tendências para te ajudar a re-perceber o futuro. Para ajudar a influenciar o futuro.” Re-percepção, para ela, é a essência da criatividade, inovação e a qualidade essencial de bons líderes. Nesse contexto, unir tendências e re-percepção não é sobre prever o futuro e sim como lidar com as incertezas para tomarmos melhores decisões hoje. 

Com esse convite, para usar as tendências considerando resultados alternativos aos que imaginamos e também de reperceber a realidade, confira os destaques das projeções da pesquisadora para os próximos anos em três tópicos: inteligência artificial, metaverso e biotech.

Inteligência artificial

“Estamos nos aproximando do dia em que as redes de IA tomarão suas próprias decisões sem um humano no circuito”, disse Webb. “E se isso te assustou, você não é o único.”

A futurista destaca que a inteligência artificial vai remodelar a economia do conhecimento, desempenhando funções cognitivas tão bem ou melhor do que humanos. E por mais que estejamos em um momento de transição, ela lembra de um marco importante: em 2012, uma rede neural aprendeu a reconhecer um gato. Hoje, essas redes podem gerar clones de gatos que parecem idênticos ao real em questão de segundos.

Quer outra novidade? Não se trata mais apenas de reconhecimento facial: a IA pode reconhecer as pessoas por seus padrões de respiração ou batimentos cardíacos. “Se você não quer ser reconhecido, não é como se você pudesse parar de respirar ou ter seus batimentos cardíacos parados”, disse ela. “Os sistemas de IA não precisam do seu rosto para ver você e saber quem você é.”

Metaverso

Ela define o metaverso como um “termo guarda-chuva que define o conjunto de tecnologias que conectam o mundo físico ao mundo digital, parte da nova Web 3.0”, fragmentando nossas identidades. ”As pessoas criarão múltiplas versões de si mesmas, cada um adaptado para fins específicos. Isso vai levar à fragmentação – e a uma lacuna cada vez maior entre quem uma pessoa é no mundo físico, e quem ela projeta ser no mundo virtual.”

“Se você acha que gerenciar senhas é um desafio hoje, imagine ter que gerenciar diferentes versões de si mesmo espalhadas por todo o metaverso”, disse Webb. Eventualmente, todos terão uma identificação digital e isso exige formas de regulação, controle e transparência para garantir um futuro mais justo e menos aberto ao incerto quando o assunto é privacidade de dados e segurança digital. 

Afinal, Web3 é sobre transparência, interoperabilidade e confiança. Mas é preciso haver reguladores para garantir que o mundo virtual se desenvolva de maneira saudável, disse Webb.

De acordo com Webb, o movimento em torno dos NFTs começará a desaparecer. Os colecionáveis ​​digitais são valiosos por causa da escassez, mas agora o mercado está saturado deles, coloca a pesquisadora. Também são a parte visível do iceberg, ainda tem muito por vir.

Biologia sintética

Os avanços da biologia sintética passam por muitos avanços: microchips que estão sendo feitos com DNA para prolongar a vida, marketing exclusivo aos usuários com base no DNA e até a recomendação personalizada para o uso de drogas recreativas a partir do DNA. 

Agora, além de hardware e software, temos wetware (a parte biológica). Podemos usar isso para criar sonhos sob demanda e fazer com que as pessoas queiram comprar depois de dormir.

Também podemos usar bioreatores para criar carne de frango livre de hormônios e alimentar todo o mundo - Cingapura já está vendendo frangos criados a partir de células-tronco.  

As grandes empresas de tecnologia, Microsoft, Google e Facebook, estão trabalhando em biologia, disse Webb. Existe um potencial enorme de produtos que podem ser feitos a partir do DNA.

E o futuro?

Estamos em um período de aceleração, ela disse, e por isso precisamos agir. Depois de entregar o cenário, ela finaliza: “você constrói o futuro todos os dias com suas escolhas. E cada escolha é a oportunidade de fazer um futuro melhor."

Assista a apresentação de Amy Webb no SXSW abaixo e baixe aqui o relatório completo: 

Thumbnail do vídeo

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Imagem de perfil do redator

Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.

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