Confira as principais apostas dos Game Changers e First Movers, membros das comunidades StartSe
Foto: Getty Images
, jornalista da StartSe
4 min
•
26 dez 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Ao longo de 2022, a StartSe reuniu profissionais que se destacam no mercado em duas diferentes comunidades: a Game Changers, que reúne alunos da StartSe University, e a First Movers, voltada para alta liderança de executivos (com especialistas de empresas como Arcos Dourados, Ambev, Itaú, iFood, entre outras).
Agora, nós perguntamos para alguns deles quais serão as tendências que vão impactar e transformar o ano que vem.
Prepare-se para…
Para Dahlson Abreu, líder de excelência operacional na Tutiplast, as empresas buscarão mais governança (sim, exatamente o G da sigla ESG).
“O papel dos Conselhos (consultivos e de administração) será ressignificado. Os Conselheiros deverão atuar dentro de uma lógica e uma arquitetura mais moderna, atualizada, incorporando métodos ágeis na forma de atuar, preparando as empresas para esse presente-futuro altamente volátil, incerto e com transformações exponenciais”, opinou.
E é claro que a sigla completa do ESG não poderia ficar de fora. Na prática, ela significa meio ambiente, sociedade e governança. “Ter áreas e especialistas no tema ESG é uma tendência para 2023. O desafio das corporações será conectar as iniciativas de ESG ao core e ao núcleo de negócios de maneira transparente e responsável. Segundo a McKinsey, organizações que olham para o tema ‘são empresas que estão voltadas para o futuro’”, explica Ana Janaína Marques, gerente de recursos humanos da Solfácil.
O ChatGPT foi lançado recentemente, mas já é uma grande promessa para 2023. A ferramenta se tornou uma confirmação de que a inteligência artificial já pode ser usada em diversos serviços, negócios e mercados – e de forma muito acessível.
“O ChatGPT colocará em cheque a qualidade do trabalho de muitas pessoas. Mas as relações humanas continuarão a ser genuinamente humanas. Para o RH, o principal desafio será manter uma liderança estratégica e sustentável, porque precisaremos produzir mais com menos”, conta Karine Silveira, diretora de Operações e Cultura na Impulso.
Já para o Game Changer Juliano Antunes, fundador da Uliving Student House, as empresas devem lançar novos serviços e produtos já vislumbrando um futuro usando I.A. “O que não conseguirmos fazer com inteligência artificial, para mim, já está desatualizado desde o começo”, contou no último encontro da comunidade Game Changers em 2022.
O RH está cada vez mais estratégico… E deve continuar em transformação em 2023. Para Guiller Ecar, supervisor de confiabilidade em engenharia mecânica, as lideranças têm uma nova missão. “É importante que tenhamos uma liderança mais comunicativa e próxima aos seus liderados. Ser um líder e influência interna dentro da empresa será uma grande tendência para 2023”, afirmou.
A opinião combina com a de Andrea Constantino, sócia na Somnia’s Office, e Tamires Maia, especialista em negócios e RH na Akad Seguros. Ambas acreditam que as pessoas continuarão sendo prioridade para transformar o RH e os negócios.
“Priorização das pessoas por meio da cultura: ainda acredito que, cada vez mais, seremos impulsionados como vetores de uma cultura forte que cuida e prioriza as pessoas”, conta Tamires.
O 5G chegou oficialmente no Brasil em 2022 e a expectativa é que sua expansão continue no ano que vem. Por isso, segundo Geneflides Laureno, fundador da G4 Flex, as empresas devem afinar suas aplicações para smartphones (mobile), pois a internet estará mais potente.
Além disso, a transformação permite maior exploração de outras tecnologias, como a internet das coisas.
Já Leonardo Lopes, empreendedor e Game Changer, acredita em uma transformação no marketing. Chamado de “Marketing Automation Employees, é a definição de processos através dos funcionários, customização de ferramentas e criação de gamificação como forma de marketing mais agressivo e eficaz”.
Para Cristina Diogo, diretora na Associação Brasileira de Propaganda, o impacto também chegará na publicidade – e na forma que as pessoas escolherão o que querem consumir. “Não haverá mais espaço para a publicidade convencional, já que as pessoas podem pagar (ou não) para não assistir aquela propaganda ou podem mudar de canal no comercial. Agora, nos atualizamos de forma rápida pelos dispositivos móveis, por e-mail, newsletter e redes sociais”, conta.
A Geração Z entrou definitivamente para o mercado de trabalho e consumidor e, daqui em diante, deve ganhar ainda mais espaço. “Esse mercado de trabalho ‘tradicional’ já não faz parte da Gen Z, eles são os transformadores do estabelecido. Eles estão trazendo à mesa novas posições e profissões até então inexistentes, como áreas inteiras dedicadas a game e metaverso. Vejo também alerta para a busca acirrada ainda que tardia das gigantes de mídia tradicional, que tentam se reinventar aceleradas via pandemia, seja através de mídia equity, de refresh do quadro de funcionários mais focado na Gen Z ou streaming”, conta Fernanda Thomazino, Global Innovation na Experian.
Metaverso foi uma das grandes apostas da Meta em 2022, mas os planos não saíram como esperado. No entanto, a expectativa é que essa ferramenta seja usada além das redes sociais – assim como a blockchain é usada hoje para muito além do Bitcoin e criptomoedas.
“Sabemos de processos seletivos e treinamentos sendo conduzidos no metaverso, bem como a possibilidade de utilização de blockchain para registro de informações, certificações e smart-contracts começará a emergir dentro das corporações”, conta Lucas Niemeyer de Assis, Talent Attraction Supply na Ambev.
Já para Rosana Marques de Carvalho, consultora na Link Consulting, o trabalho será o setor mais afetado pelo metaverso em 2023. “Por conta de uma pandemia que ainda não acabou aliada à curiosidade e busca por exploração de novos ambientes de interação e trabalho”, explica.
E a aposta em inovações ainda não acabou. Para Arnaldo Gunzi, coordenador de projetos analíticos na Klabin, é importante ficar de olho no potencial da computação quântica.
“A Computação Quântica é um novo paradigma de computação, que aplica propriedades da física quântica para o processamento de informações. Enquanto computadores clássicos utilizam bits (0 ou 1), os computadores quânticos utilizam qubits, que podem estar num estado intermediário entre 0 e 1”, explicou.
Os computadores quânticos podem mudar a criptografia como conhecemos. “Computadores quânticos têm dois "superpoderes": superposição (estar em dois estados ao mesmo tempo) e emaranhamento (um qubit estar 100% correlacionado com outro). E com isso, é possível ter aplicações mais eficientes em áreas como fatoração de números inteiros grandes (quebrando toda a criptografia atual), produção de novos remédios através de simulação de moléculas químicas e otimização computacional”.
2022 foi uma no de baixo investimento em startups, em comparação aos anos anteriores. Em 2023, a expectativa é que os aportes continuem mais conservadores. “Num cenário da economia global com altas de juros para conter a inflação, a corrida das startups para se tornarem unicórnios já não faz mais sentido. Quem quiser se manter no jogo precisará se adaptar a esta nova realidade para atrair os investidores”, conta Thiago Souza dos Santos, CTO na Koodari.
Faça parte das comunidades StartSe: faça networking e aprendizados com grandes especialistas
Game Changers: para alunos da StartSe University
First Movers: para alta liderança de executivos.
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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