A Mastercard apresentou o relatório de tendências econômicas, trazendo os impactos de 2022 e o que é preciso olhar para 2023.
Mulher fazendo compra em loja (foto: Getty)
, Jornalista
10 min
•
4 jan 2023
•
Atualizado: 8 ago 2023
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Depois de um ano turbulento, 2023 começa dando indícios de mudanças do comportamento do consumidor, orientando ajustes do lado dos negócios. A Mastercard lançou hoje sua previsão para o ano, o Economic Outlook 2023, explorando quatro temas que vão moldar o ambiente econômico global: altas taxas de juros e moradia, trocar pelo mais barato e pesquisar antes de comprar, preços e preferências e choques e omnicanal.
Vamos aos destaques:
Globalmente, os compradores de supermercado fizeram 31% mais viagens à loja este ano em comparação com 2019 – em parte para reduzir o desperdício de alimentos – enquanto o gasto médio por visita é cerca de 9% menor.
Por quê? Os altos custos de alimentos e energia resultaram em consumidores fazendo escolhas difíceis entre marcas e lojas dos itens essenciais para manter seus estilos de vida atuais.
Destaque do Brasil:
A análise da Mastercard sugere que ter uma presença multicanal proporcionou um aumento de 6 pontos percentuais nas vendas do setor de varejo até 2022. Por exemplo, as pequenas lojas de roupas omnichannel superaram empresas apenas online e as lojas físicas, crescendo 10% e 26% mais rápido, respectivamente.
Por quê? A omnicanalidade ajudou a alcançar novos clientes, ampliando o reconhecimento da marca, diversificando e expandindo as ofertas e vendas de produtos e mantendo estruturas de preços mais flexíveis e direcionadas. Isso significa mais resiliência econômica, mas pode variar com base no tipo de loja.
No lançamento do relatório, Bricklin Dwyer, Economista e head do Mastercard Economics Institute da Mastercard, disse que “os gastos com comércio eletrônico voltaram mais perto de sua parcela pré-pandêmica. No entanto, algumas categorias de varejo tiveram uma mudança para o digital mais duradoura.”
Destaques do Brasil:
De 2019 a 2022, vimos os gastos discricionários (bens e serviços não essenciais) das famílias de alta renda crescerem quase duas vezes mais rápido do que as famílias de baixa renda.
Por quê? Em geral, as famílias de baixa renda tiveram que reduzir os gastos discricionários mais do que as famílias de alta renda ao longo de 2022 devido aos preços mais altos de necessidades como alimentos, combustível e serviços públicos, que representam uma proporção maior de seus orçamentos.
Entretanto, em 2023, menos inflação pode significar que os gastos discricionários das famílias de baixa renda se aproximam mais dos gastos das famílias de renda mais alta. Mas as disparidades permanecerão grandes devido aos preços elevados e as apreensões do mercado de trabalho podem exacerbar o hiato.
Destaques do Brasil:
As empresas, assim como as famílias, sentem a pressão da inflação alta e do aumento das taxas de juros. Seus custos estão aumentando, as margens estão apertadas e o acesso a financiamento acessível está ficando mais difícil. Aqui, novamente, há diferenças nas vulnerabilidades, desta vez atribuíveis ao tamanho da empresa e à presença digital.
Por quê? Isso pode ser especialmente problemático para empreendedores e microempresas que dependem do valor do patrimônio imobiliário como fonte de financiamento - taxas mais altas e preços mais baixos das casas aumentam o custo do crédito.
Destaques do Brasil:
Chamada pelo relatório de economia global multivelocidade, alguns países, empresas e indivíduos estão mais expostos aos ventos contrários da alta inflação e taxas de juros do que outros. Isso cria uma discrepância no crescimento econômico.
O comportamento do consumidor muda ao escolher melhor, avaliando custo-benefício das marcas, e valorizando mais as experiências aos bens, dada a demanda reprimida por viagens.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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