Confira os destaques do maior festival de inovação da América Latina e se atualize para 2023
, jornalista da StartSe
8 min
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21 out 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Augusto Lins, presidente da Stone, disse no SVWC 2023 que a inovação é “a única vantagem competitiva a longo prazo” – e nós concordamos.
É por isso que realizamos anualmente o SVWC, um festival de inovação e empreendedorismo que pauta o que está acontecendo no presente e te prepara para o futuro.
Neste ano, ele aconteceu nos dias 18 e 19 de outubro, em São Paulo, e nós reunimos algumas das maiores tendências de inovação em diversos setores: edtech, foodtech, ESG, fintech, HRtech, venture capital e muito mais.
1 - Trabalhe com propósito
Para João Branco, chefe de marketing do Mc Donald’s, sonhar alto, com relevância e propósito é mais importante do que sonhar “grande”. Isso porque permite valorizar o momento atual e estimar por um futuro ainda melhor.
“Tenho três dicas. A primeira é: intenções importam. Trabalhe com a intenção de servir, agradar o outro. E aí vamos para a segunda dica: não importa o que você faz, as pessoas precisam do que você faz. E a terceira dica é justamente fazê-lo com excelência e amor ao próximo”, disse.
Já Karen Sandhof, vice-presidente de pessoas da Creditas, conta que a comunicação do propósito também é importante. “Quando cai a ficha que com o propósito nós conseguimos não apenas atrair talentos, mas também reter, a empresa passa a colocá-lo inclusive dentro da comunicação”, contou.
2 - Cuidado com a saúde mental
A pandemia trouxe luz a um assunto que antes era estigmatizado: a saúde mental dos funcionários. Agora, com dois anos de aprendizado, as empresas estão mudando suas próprias culturas.
“É importante ter uma cultura com tolerância ao erro, com segurança psicológica, um ambiente em que as pessoas consigam ter espaço e se sintam seguras o suficiente para trazer pontos críticos e construtivos”, afirmou Thais Escobar, líder de cultura na 99.
Além disso, é necessário combater o que tem sido chamado de “achytifobia”. “Achtyfobia é o medo intenso de falhar e os sintomas são: aversão ao risco, auto sabotagem, baixa auto-estima e perfeccionismo”, explicou Cristiano Kruel, sócio da StartSe.
3 - De olho na geração Z
A geração Z está entrando no mercado de trabalho e trazendo novas demandas. Para Isadora Gabriel, diretora de pessoas da Movile, é imprescindível que os setores de pessoas se atualizem. “A mentalidade mudou e a gente tem muito a aprender”.
4 - Crie ambientes inclusivos e diversos
As empresas estão mais cientes que a diversidade e inclusão devem existir no mercado de trabalho – principalmente as que desejam se tornar verdadeiramente inovadoras.
Para Célia Kano, Co-CEO da Rede Mulher Empreendedora, “a diversidade e inclusão é um caminho contínuo, que precisa estar conectado com outros times, boas práticas, rituais e parceria entre as empresas".
5 - Trabalho remoto
O momento crítico da pandemia já passou, mas muitas empresas não voltaram aos escritórios – e alguns números explicam o porquê.
Julio Vasconcellos, sócio da Atlantico VC, compartilhou uma pesquisa feita pelo fundo em parceria com a rhtech mexicana Runa. “A medida de satisfação dos funcionários aumenta proporcionalmente a quantidade de pessoas em trabalho remoto. A satisfação é de 3,4 quando há menos de 25% do time trabalhando remotamente; e este número sobe para 4,6 quando a equipe é 100% remota. A produtividade também é maior neste último caso, com 63% no remoto versus 52% no presencial”, explica.
6 - Cultura Lifelong learning
Já Iona Szkurnik, CEO da Education Journey, ressaltou a importância de ter uma cultura lifelong learning – ou seja, que acredita no aprendizado contínuo ao longo da vida. E essa cultura pode ser pautada por duas vertentes: o upskilling e o reskilling.
“O upskilling é um conceito muito disseminado nos Estados Unidos que está chegando cada vez mais forte no Brasil. É aprimorar habilidades e competências, por isso a palavra ‘up’ na frente de ‘skills’, que são habilidades e competências. Já o reskilling é o movimento que a gente faz quando quer conhecer uma nova área – por isso tem o ‘re’ antes do ‘skilling’, é se reconstruir, se requalificar”, explicou a especialista.
7 - Educação do futuro
Para Fernando Prado, CEO da Byju’s no Brasil, a educação do futuro será híbrida. “O aluno terá autonomia e protagonismo, enquanto o professor terá papel de tutor e guia. Os sistemas digitais de aprendizagem serão compartilhados entre países, em uma educação mais globalizada”, conta.
8 - Agricultura 5.0
A agricultura 5.0 está sendo criada agora e ela é pautada pela inteligência artificial, visão computacional e machine learning. A agricultura de precisão dará lugar à agricultura de decisão.
“As máquinas irão se aperfeiçoar à medida em que trabalham; irão enxergar o campo e tomar decisões autônomas”, afirma Leandro Carrion, gerente de inovação e experiência do cliente da John Deere.
9 - Proteínas alternativas: feitas de plantas, cultivadas e fermentadas
Hoje, no Brasil, é cada vez mais fácil encontrar as proteínas feitas de plantas nos supermercados. Agora, a expectativa é que existam outras opções: a carne cultivada em laboratório e fermentada.
Segundo estimativa da consultoria A.T Kearney, em 2040, o setor mundial de carne “convencional” animal será avaliado em US$ 720 bilhões; o de carne de laboratório (também chamada de “cultivada”) US$ 630 bilhões e o de proteína plant-based e fermentada, US$ 450 bilhões.
10 - Novas demandas de consumo
Além disso, há novas demandas para a alimentação em geral. “Os consumidores estão começando a priorizar produtos com ingredientes nacionais, versões vegetarianas que mimetizam o sabor animal, com o valor nutricional desejado e com rótulo limpo”, explicou Raquel Casselli, especialista em engajamento corporativo do The Good Food Institute.
O The Good Food Institute acredita em uma teoria da mudança pautada em algumas características essenciais:
11 - Como criar uma relação com investidores?
Marcelo Machado, fundador do fundo de investimentos Wikings, descreveu a relação entre fundos de investimentos e startups como um casamento. E ele trouxe dicas do que fazer “antes de casar” (leia-se: receber um investimento).
12 - Educação financeira
Encontre o seu público onde ele está. Atualmente, grande parte está no TikTok. A rede social chinesa se tornou o aplicativo mais baixado do mundo e possui conteúdos para todos os gostos, inclusive para quem quer aprender mais sobre finanças.
"As pessoas entram no TikTok para se entreter, energizar, as pesquisas nos dizem isso. O segundo ponto é que o TikTok age como um potencializador do criador de conteúdo com quem está buscando conteúdo", conta Mauricio Felicio, diretor de vendas do TikTok.
13 - Trate-o como parte do negócio, pois ele é!
Para Andrea Mota, diretora de sustentabilidade da Coca-Cola na América Latina, o ESG precisa ser visto de forma menos romântica.
“O ESG precisa sair desse lugar de coisa bacana, de discurso que emociona. É necessário tratar o ESG como negócio, olhando receita, lucro, e colocando-o como uma métrica de desempenho do nosso negócio”, afirmou.
Agora, de Steve Blank, conhecido como “o empreendedor de todos os empreendedores” e precursor do Startup Enxuta, livro escrito por Eric Ries. Ele é um grande exemplo de empreendedorismo no Vale do Silício e ao redor do mundo e esteve presente virtualmente no SVWC.
A dica que nos deixou é valiosíssima: “A execução paga o seu salário, mas inovação paga a aposentadoria”.
Nos vemos no SVWC 2023!
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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