Relatório destaca como mudanças geopolíticas e econômicas, regulamentação e inovação tecnológica podem moldar o ESG e o financiamento climático
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7 min
•
7 dez 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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O mundo passa por muitas transformações e questões que estão impactando fortemente os negócios. Por isso, o 11.º relatório anual ESG & Climate Trends to Watch da MSCI, uma análise de mais de 30 riscos emergentes que podem impactar corporações e investidores, resolveu voltar ao básico e perguntar aos especialistas: com tudo o que está acontecendo ao nosso redor, o que especificamente você estará assistindo em 2023 e por quê?
Os pesquisadores explicaram que a guerra na Ucrânia e os níveis recordes de inflação podem limitar a pressão a curto prazo para reduzir as emissões internacionais de gases de efeito estufa, pois os governos priorizam a segurança energética e a acessibilidade.
Entretanto, os dados de ESG da MSCI revelam que as principais empresas de energia estão de olho nas tendências de descarbonização a longo prazo e em expandir a implantação de energias renováveis.
“O risco de ESG é um risco financeiro, e a pesquisa de ESG e climática apresentada no relatório foi conduzida para respaldar as necessidades dos investidores de sintetizar riscos inéditos e incentivar as empresas a gerenciar melhor as questões emergentes e a ameaça expansiva de longa data da crise climática”, disse Meggin Thwing Eastman, Diretora Geral e Diretora Editorial Global de ESG na MSCI no relatório.
“Em 2023, estaremos atentos a novos vencedores e perdedores, à medida que o terreno continua a mudar nas empresas que lidam com relações complexas de força de trabalho e demandas por salários mais altos.”
O relatório prevê movimentos de direitos trabalhistas a nível mundial e a necessidade de saídas criativas por parte das empresas, pensando na satisfação dos funcionários. Não à toa, a SHEIN irá investir US$ 15 milhões para melhorar condições nas fábricas.
Este tópico inclui as perspectivas de rastreamento de bens através da tecnologia de blockchain e a mineração de lixo eletrônico que podem dar nova forma à dinâmica do controverso fornecimento de matérias-primas.
A União Europeia, inclusive, acabou de aprovar uma nova lei que visa impedir a compra de produtos ligados ao desmatamento. As empresas vão ter de 18 a 24 meses para se adaptarem, dependendo do tamanho.
Aqui, com a exploração de como os novos dados demográficos do conselho corporativo podem desempenhar um papel na opinião sobre o clima e outras tendências de votação por procuração.
“Em 2023, estaremos observando se a oposição dos investidores às estratégias climáticas corporativas continuará a aumentar ou se mais investidores darão às empresas o benefício da dúvida sobre seus planos climáticos em condições de mercado desafiadoras.”
Incluindo impactos tangíveis de novas regras sobre gestores de ativos, investidores institucionais e corporações.
“Em 2023, estaremos observando para ver como as estruturas de divulgação de metas climáticas avançam em direção à implementação: com maior convergência e consistência ou fragmentação adicional?”
Com seguradoras e bancos dispostos a expandir o escopo do rastreamento de emissões.
“Em 2023, estaremos observando quais empresas aumentam seu jogo de metas climáticas diante do que esperamos ser uma pressão crescente de investidores institucionais que têm metas net-zero de portfólio para cumprir.”
Variando de commodities cultivadas em laboratório a carbono como uma classe de ativos.
“Em 2023, à medida que os riscos operacionais aumentam – juntamente com as oportunidades para aqueles que fornecem soluções – estaremos observando empresas e investidores olhando para os pioneiros que buscam aproveitar uma vantagem de adaptação climática.”
Incluindo títulos ecológicos e energia nuclear.
“Em 2023, estaremos observando se os títulos verdes podem manter um caminho de crescimento confiável diante do aumento das taxas de juros, dos prêmios de spread mais baixos e das crescentes preocupações com o greenwashing.”
O ESG aponta caminhos de virada nos modelos de trabalho, investimentos e ativos, mas ainda apresenta certa volatilidade. O desafio, portanto, é como propostas ESG a longo prazo podem ser adotadas, enquanto os negócios superam os desafios do dia-a-dia. Afinal, ESG também é sobre risco financeiro e pretende trazer resultados para quem conseguir adotar antes que seja um imperativo.
Não tem porque esperar, não é? Mas se você não sabe por onde começar, a StartSe preparou uma formação prática focada em tornar o ESG uma parte estratégica do seu negócio, atraindo ainda mais clientes, investidores e crescimento a longo prazo. Quer saber como? Clique aqui!
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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