Startups, corporações e investidores precisam estar de olho nessas tendências emergentes no ano de 2024. Isso servirá para entender como essas tendências impactarão as decisões de negócios de curto e longo prazos.
As tendências para 2024 no venture capital, em tecnologia e os segmentos em alta. (Foto: Pexels).
, Head de Conteúdo na Captable
7 min
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9 jan 2024
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Atualizado: 9 jan 2024
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O ano começou e, com ele, é importante entender o que as pessoas que entendem do mercado estão pensando sobre os próximos doze meses. Quando se fala de venture capital, entender as expectativas gerais pode ajudar a encontrar boas oportunidades.
2024 será um dos melhores anos para investir. Os investidores irão buscar negócios com mais qualidade, o que significa que aqueles que forem sortudos ou inteligentes o suficiente para acertar as melhores startups terão retornos impressionantes daqui alguns anos.
Fernandez, da Fiat Ventures, ressalta que para aqueles capazes de levantar fundos e investir, 2024 será lembrado como um dos melhores anos para investir na última década. Tanto founders como investidores estão focados nos fundamentos dos negócios ao invés de métricas de vaidade vistas em 2021.
Grandes empresas irão às compras. Um movimento já iniciado ano passado, continuará: as startups que se virem desesperadas com a falta de funding irão ficar dispostas a vender o negócio. Com isso, uma grande oportunidade se abrirá para grandes empresas com dinheiro em caixa. Muitas delas utilizaram sua força financeira para adquirir consumidores de forma inorgânica, adquirindo startups. O resultado é que 2024 deve ser um ano recorde para M&As.
VCs vão olhar com atenção startups de IA. O lançamento do ChatGPT para o público geral trouxe, em 2023, uma chuva de startups do segmento. Na prática, qualquer startup desenvolvendo uma solução com inteligência artificial – ou dizendo que utiliza a tecnologia – se tornou um alvo para investidores que queriam ganhar com o hype.
Muitos investidores, incluindo Jai Das, da Sapphire Ventures, agora acreditam que o furor sobre a nova tecnologia dará lugar ao foco em resultados. Os investidores buscarão aqueles negócios que de fato estão inovando com a tecnologia.
Das completa:
"Em 2024, um pouco do buzz se dissipará, e os investidores passarão a focar em negócios com casos de uso tangíveis que construíram receita real através de IA generativa".
Cleantechs irão atrair ainda mais atenção. As cleantechs ganharam corpo nos últimos 3 anos, trazendo uma massa de investidores atraídos pela possibilidade de um futuro mais verde. Essa tendência não deve desacelerar neste ano. As rodadas para cleantech atingiram US$ 59 bilhões em 2022 e US$ 50 bi em 2023. Eghosa Omoigui, da EchoVC, espera que os fundos para o clima explodam, levando a mais investimentos.
O mercado de IPOs continuará silencioso. Nos EUA a janela de IPOs se abriu brevemente em 2023 quando Instacart, Arm e Klaviyo fizeram suas ofertas iniciais em rápida sucessão. A recepção morna do mercado a estas ofertas, combinado com a volatilidade do mercado de ações americano e taxas de juros ainda altas, significam que pouquíssimas empresas estão correndo para fazer o IPO em 2024. A expectativa é que o mercado de IPOs reabra somente no segundo semestre deste ano, levando a uma ressurgência do mercado entre 2024 e 2025.
Capital continuará sendo de difícil acesso. Os investidores esperam que a seca de investimentos recue em 2024, mas o clima ainda deve permanecer morno. Marcos Fernandez, da Fiat Ventures, relata:
"Nós prevemos que os mercados de fundraising abrirão em 2024 quando comparados a 2023, mas ainda será um ambiente desafiador".
Mike Packer, da QED Investors, ressalta que os empreendedores continuarão tendo que mostrar um caminho para o break-even mais cedo.
Um ciclo de defense-techs emergirá. Uma competição pelo segmento mais quente de 2024 ocorrerá entre IA e as startups que desenvolvem tecnologia para defesa.
Chandrasekar, da Point72 Ventures, diz que não faltarão artigos de VCs discutindo conflitos globais e como os governos podem se tornar uma oportunidade massiva de negócios. Nos últimos 3 anos, de acordo com o Pitchbook, os VCs despejaram US$ 100 bilhões em startups do setor de defesa.
Idealmente, entender sobre estes temas ajudará a trazer mais sucesso aos negócios.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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