O TikTok é o novo Google?

Por Tainá Freitas

Esqueça as dancinhas. Agora, além de entretenimento, o TikTok está se tornando um local de pesquisas para uma grande parcela dos usuários – e a fonte da informação é o próprio Google.

Se antes o Instagram era quem se preocupava abertamente com a “rede vizinha” (e continua, falaremos sobre isso abaixo), agora o Google entrou para a lista das empresas que estão com o modelo de negócios ameaçado pelo app chinês.

Vale lembrar: o TikTok construiu uma longa audiência em um curto período de tempo (ele foi comprado pela Bytedance em 2017). Atualmente, o app já ultrapassou o marco de mais de 1 bilhão de usuários ativos mensalmente ao redor do mundo. 

A preocupação do Google está, inicialmente, focada nos Estados Unidos, onde eles têm dados que comprovam a mudança no perfil dos usuários. Segundo a companhia, quase 40% dos jovens buscam o TikTok ou o Instagram para buscar um local para almoçar, por exemplo.

O dado foi baseado em uma pesquisa interna com usuários dos EUA com idades entre 18 e 24 anos e divulgado por Prabhakar Raghavan, vice-presidente sênior da companhia, em um evento.

Para o Google, isso significa que uma parcela importante de seus clientes (que, de acordo com a faixa etária, permanecerá ativa na internet por muitos anos) não estão utilizando a pesquisa ou o serviço de mapas da companhia. 

Isso é impactante inclusive porque a empresa oferece algumas facilidades que o TikTok e Instagram não possuem: média de lotação dos locais com base no dia e horário, informações de funcionamento, avaliação dos restaurantes etc. E, é claro, o Maps permite calcular a rota com apenas um clique…

QUAL A RESPOSTA DO GOOGLE E INSTAGRAM?

É claro que, em um mercado concorrido, as empresas não querem perder o espaço que já conquistaram. O caso do TikTok mostra que, independente do seu tamanho ou tempo no setor, o seu negócio pode ser ameaçado por outros.

Google

No próprio evento, o vice-presidente sênior do Google afirmou que a empresa irá investir em uma busca com mais imagens, pois identificou que a Geração Z prefere navegar por sites com mais elementos visuais. Além disso, eles também preveem um futuro em que as pessoas possam segurar o telefone (ou um equipamento de realidade aumentada) para fazer uma pesquisa conforme o que estão vendo presencialmente.

Instagram

O Instagram já havia anunciado, mas está cada vez mais oficial: agora, a rede social está priorizando os vídeos. No anúncio desta quinta (21), o app explicou novas funcionalidades – inclusive a de fazer um “remix” com fotos e publicá-las em formato de Reels, formato de conteúdo semelhante ao do TikTok.

Além disso, a rede já está testando uma mudança de layout que está chegando aos poucos para os usuários, em que até o formato do feed prioriza os vídeos ao invés das fotos. A nova era do Instagram parece ter chegado para ficar – e quem ainda preferir as fotos, talvez tenha que encontrá-las em outro lugar…

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