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TikTok vai ser banido dos Estados Unidos? Entenda como o app está em risco

A era de ouro do TikTok está chegando ao fim? Em luta política, app está no centro de uma guerra tecnológica entre EUA e China - que deve estar só no começo

TikTok vai ser banido dos Estados Unidos? Entenda como o app está em risco

, Jornalista

7 min

15 dez 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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O app que mais cresce no mundo está sob ameaça nos Estados Unidos. Desde o governo Trump, o TikTok segue em investigação sob o risco de ser banido. O motivo? O uso de dados dos usuários

Agora, tramita no legislativo um projeto de lei que pretende acabar com a rede social. O temor é que ela esteja sendo usada para espionar os cidadãos americanos e censurando conteúdos.

Além disso, governadores de alguns estados americanos ordenaram que as agências estaduais banissem o TikTok dos dispositivos usados pelo governo.

O FBI também se pronunciou a respeito, dizendo que as operações do TikTok têm risco potencial de serem usadas também pelo governo chinês para influenciar usuários ou controlar seus dispositivos.


Mas como o TikTok chegou até aqui?

O TikTok é propriedade da ByteDance e tem sede em Pequim. Lançado em 2016, ele se popularizou e se tornou um dos apps mais baixados no mundo. 

Originalmente lançado como uma plataforma de compartilhamento de vídeo de formato curto, famoso pelas dancinhas, o TikTok logo se tornou um serviço completo, com conteúdo disponível para todos os tipos de público.

Com experiência em aplicativos extremamente populares, a ByteDance incorporou inteligência artificial à plataforma, identificando os interesses do usuário e o alimentando com vídeos mais relevantes. 

Em busca de crescimento fora da China, o TikTok conseguiu entrar no mercado externo por meio da aquisição do Musical.ly. A partir daí, ele se tornou o aplicativo mais popular em 2019 e 2020 e segue entre os maiores até hoje.

Sucesso e ameaça aos EUA

Ao assistir o vertiginoso sucesso do TikTok, redes sociais como Facebook e Instagram começaram a se movimentar para criar soluções parecidas em suas plataformas. Na verdade, todo um mercado foi balançado, fazendo com empresas como Google, Amazon e Netflix sentissem na pele a concorrência do novo app. 

No final de sua presidência, Trump sugeriu que a ByteDance vendesse suas operações americanas para uma empresa como a Microsoft. Embora Biden tenha retirado a ordem de seu antecessor, ele exigiu uma revisão governamental dos aplicativos de propriedade estrangeira.

O TikTok, entretanto, continua a descartar as preocupações, insistindo que sua operação nos EUA é independente de sua empresa controladora e que os dados dos usuários americanos estão seguros.

Um porta-voz descreveu a legislação em votação como uma "proibição politicamente motivada que não fará nada para promover a segurança nacional dos Estados Unidos".

Foto: Divulgação/ByteDance

Por que importa?

No Innovation Forum, da Mastercard, o cientista político Ian Bremmer disse que “de repente, os atores tecnológicos são os atores principais. Eles são geopolíticos”, ao explicar que os governos da China e Estados Unidos mantém uma relação com aspecto de luta tecnológica. 

Para o jornalista e autor do livro TikTok Boom, Chris Stokel-Walker, em entrevista ao Estadão, “o que preocupa algumas pessoas é a ideia de um app de fora dos EUA se tornar popular e a ideia de quem vai ter o controle da internet no futuro.”

A questão é que, sim, o TikTok está liderando uma das grandes batalhas e com uma geração inteira ao seu lado. Sendo um dos apps mais baixados do mundo, os Estados Unidos lutam para garantir a segurança dos dados, mas também a estabilidade tecnológica. 

Até porque, em um período pós-Cambridge Analytica, as redes sociais estão sendo mais observadas, porque todos já sabem do potencial do uso de dados para finalidades políticas e econômicas. Diante disso, o que podemos esperar para esta história que parece estar só no começo?

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Imagem de perfil do redator

Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.

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