A aquisição do Twitter por Elon Musk está pausada! E o motivo? Os polêmicos bots. Entenda
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7 min
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13 mai 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas
Mais um novo capítulo na história entre Elon Musk e o Twitter. O bilionário afirmou, através da rede social, que o negócio está paralisado até que a plataforma comprove que os bots e spammers são menos do que 5% dos usuários monetizáveis totais do primeiro trimestre de 2022.
O CEO da Tesla e SpaceX havia se comprometido a adquirir a companhia por US$ 44 bilhões. Com a aquisição, a expectativa era de que o Twitter se tornasse uma empresa de capital fechado novamente e passasse por mudanças no algoritmo, nos termos de liberdade de expressão, gestão de bots e spam, entre outros.
Caso o negócio não seja concretizado, o homem mais rico do mundo poderá pagar multa de US$ 1 bilhão.
O Twitter anunciou que 229 milhões de usuários receberam publicidade no primeiro trimestre deste ano e que menos de 5% deste número seriam bots. O anúncio veio após Musk afirmar que uma de suas prioridades seria extinguir contas falsas da plataforma.
Agora, a aquisição está em pausa – embora Musk tenha afirmado depois que gostaria de mantê-la. A comprovação deste número pode mudar o rumo da negociação e até mesmo o valor da companhia.
Os bots são uma grande questão não apenas no Twitter, mas em outras redes sociais e na internet em geral. Isso porque os bots não são necessariamente ruins: é preciso identificar suas intenções (e essa é a maior dificuldade).
De acordo com um post no blog do Twitter de 2020, “bots são contas automatizadas – nada mais ou menos do que isso”. De um lado, os bots podem ser usados por empresas para respostas de questionamentos de clientes, por exemplo; do outro, serem utilizados para espalhar fake news.
Há grandes perfis automatizados no Twitter hoje, desde o @tinycarebot, que traz lembretes pessoais para usuários, até mesmo o @DolarBipolar, que traz atualizações da moeda. Mas existem também vários tipos de bots maliciosos:
Ainda na publicação no blog, assinada por Yoel Roth (líder de integridade no site) e Nick Pickles (diretor global de estratégia e desenvolvimento), a companhia afirma que o foco tem sido no comportamento dos bots, não no conteúdo publicado.
“Nossas políticas são escritas de forma a segmentar as táticas de spam que diferentes pessoas ou grupos podem usar para tentar manipular conversas no Twitter (em vez do que estão dizendo especificamente)”, descrevem. No anúncio da aquisição, Elon Musk descreveu a rede social como uma “praça pública da democracia”, o que já exemplifica o impacto desta questão no negócio.
O nome da conta, quantidade de tweets, localização da biografia e hashtags usadas são alguns dos elementos analisados pela plataforma para identificação de perfis mal intencionados. Segundo pesquisa realizada no ano passado pela própria companhia, a quantidade de bots e contas falsas são a principal preocupação dos usuários.
A patrulha contra os bots tem um reforço da própria natureza: o Bot Sentinel. A @ é conhecida por identificar comportamentos tóxicos, contas falsas e destacar o que elas estão dizendo. O trabalho é realizado através de inteligência artificial e machine learning. O serviço foi criado pelo programador Christopher Bouzy em 2018 e não faz parte da atuação do Twitter.
Essa sexta-feira (13) não foi, definitivamente, um bom dia para o Twitter. Após o anúncio de Elon Musk, as ações da empresa caíram mais de 15% ao longo do dia.
O clima interno já era de instabilidade desde quinta-feira (12), quando dois executivos anunciaram que foram demitidos. Kayvon Beykpour, chefe da divisão de consumo (que está em licença paternidade), usou a rede para divulgar que deixará a empresa após 7 anos de atuação.
No tweet, ele afirmou que Parag Agrawal, CEO do Twitter, afirmou que gostaria de levar a equipe para uma “direção diferente”. Bruce Falck, chefe da divisão de receita, engrossou o coro. Ele estava há cinco anos na companhia e agradeceu os anos de trabalho em conjunto com os colegas.
O Twitter anunciou a pausa de novas contratações e está revisando as vagas em aberto.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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