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Da nuvem para o WhatsApp: Umbler capta R$ 10 milhões em Venture Debt

Da nuvem para o WhatsApp: Umbler levanta R$ 10 milhões em uma rodada de Venture Debt – entenda a modalidade.

Da nuvem para o WhatsApp: Umbler capta R$ 10 milhões em Venture Debt

umbler-venture-debt-10-mi-entenda-modalidade (Foto: Getty Images).

, Head de Conteúdo na Captable

8 min

29 jul 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Victor Marques, da Captable Brasil.

Em 2020 a Umbler, buscou a Captable para levantar sua primeira rodada de investimento, na época de R$ 1 milhão – o valor foi levantado em apenas 3 dias. 

Com o capital, a startup avançou sua solução que já havia desenvolvido e, também, começou a explorar novos produtos. Foi então que a Umbler desenvolveu o uTalk, uma solução de atendimento via chat com foco no WhatsApp e descobriu uma vertical que teve crescimento de receita de 10x no último ano.

Agora, em rodada de venture debt, a Umbler levantou R$ 10 milhões com a Brasil Venture Debt (BVD) para acelerar o crescimento do uTalk. O montante será importante para concorrer em um mercado disputado, onde além de vários players gigantes como Take Blip e Zenvia, há uma multidão de menores operando em nichos.

A aposta, no entanto, é ocupar um mercado que passa despercebido ou é pouco relevante para os grandes players: as PMEs. As pequenas e médias empresas não possuem caixa para suportar uma solução com ticket médio acima de R$ 1000, como a oferecida pelas gigantes. E, por isso, a solução da Umbler, que tem ticket médio de R$ 250, pode ganhar no volume de clientes.

O QUE CONQUISTOU ATÉ AQUI

Apesar de ainda ser uma startup, a Umbler não surgiu recentemente, operando seus serviços principais – email e hosting – desde 2010. Com toda essa experiência, a Umbler já conta com mais de 110 mil clientes nas soluções principais e 8 mil no uTalk. Nos próximos 12 meses, planeja ultrapassar a marca de 15 mil na nova solução.

O plano é focar em aquisição de clientes e, para isso, na contramão dos unicórnios, a Umbler está buscando cerca de 30 profissionais de marketing e tecnologia. A empresa já conta com 160 colaboradores, que trabalham de forma 100% remota.

NEM SÓ DE VENTURE CAPITAL VIVEM AS STARTUPS

Ao invés de um fundo tradicional de Venture Capital, a Umbler optou por uma modalidade menos conhecida, mas bastante utilizada: o Venture Debt. Mas o que é Venture Debt? Em resumo, é uma opção para o empreendedor de uma startup que precisa levantar capital para expandir e possui fluxo de caixa e volume de receita para convencer instituições especializadas a fazerem um empréstimo sem muitas garantias.

Enquanto no Venture Capital a startup entrega participação aos investidores, também conhecida como equity, no caso do Venture Debt a dívida é não conversível, ou seja, os investidores não serão sócios da startup e, sim, credores. 

Essa é uma opção que atrai startups que não desejam diluir os fundadores (ou investidores de rodadas anteriores) e ainda assim buscar capital. Mas, para conquistar uma rodada neste modelo de financiamento, a startup precisa demonstrar que já é rentável e possui alto potencial de crescimento. Tudo isso, porque precisa devolver o dinheiro aos credores ao final do período, acrescido de juros.

POR QUE IMPORTA?

Justamente por unir a vontade de deixar a diluição da empresa mais para frente e já possuir um negócio com previsibilidade de receita é que o Venture Debt fez sentido para a Umbler. Embora tenha procurado opções de Venture Capital para uma série A no final de 2021, percebeu que já possuía dinheiro em caixa e já havia chegado ao break-even, portanto tinha opções fora do VC, como o Venture Debt.

Além disso, a Umbler sabia que era possível levantar o capital de forma rápida – já havia captado R$ 1 milhão em 3 dias na Captable – e, para não ceder mais participação para investidores, buscou capital através do Venture Debt. Como vantagem, o Venture Debt também costuma ser mais ágil do que o Venture Capital. Embora, é claro, não seja tão rápido quanto o crowdfunding.

Foram 90 dias para levantar o capital com a BVD, processo que levaria meses, senão anos, se fosse buscar com um fundo de Venture Capital. Tempo que a Umbler não tinha, pois precisava escalar a nova solução, o uTalk, rapidamente.

Agora em posição mais confortável de caixa, a startup deve aguardar até 2023 ou 2024 para buscar uma rodada de Série A, chegando lá com uma presença estabelecida no mercado e um produto mais robusto – a receita perfeita para conquistar um valuation maior e ceder menos participação na hora de voltar pro jogo do Venture Capital.

Para ter a chance de ser sócio desses negócios com crescimento acelerado, conheça a Captable, plataforma de investimento em startups da StartSe e confira as startups disponíveis para investimento. Para ficar sabendo em primeira mão de novas oportunidades, participe do grupo exclusivo do Telegram! Se você quer captar conosco, saiba mais e se inscreva no nosso processo de seleção.

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Imagem de perfil do redator

Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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