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ValidaPix: startup do Pará cria solução para evitar golpes com Pix no varejo; veja como funciona

Integrado com grandes bancos, SaaS criado por jovem programador permite a validação de pagamentos via Pix em apenas 2.2 segundos.

ValidaPix: startup do Pará cria solução para evitar golpes com Pix no varejo; veja como funciona

Pix (Foto: Agência Brasil)

, conteúdo exclusivo

7 min

5 abr 2024

Atualizado: 9 abr 2024

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Desde que foi lançado, em 2020, o Pix já se tornou a forma de pagamento preferida dos brasileiros por sua praticidade. O uso do sistema criado pelo Banco Central também tem sido um grande aliado dos lojistas e avançado no varejo, principalmente por garantir a agilidade no recebimento de pagamentos, reduzir custos operacionais e melhorar a experiência do cliente.

No entanto, com o aumento do seu uso, cresce também o número de golpes e fraudes associadas ao Pix. Como comprovar que realmente o dinheiro de uma compra caiu na conta de uma loja no momento de uma venda? Hoje, a principal forma de fazer essa confirmação é acessando o aplicativo do banco. Mas e se existisse uma maneira muito mais prática e ágil de fazer a validação de um Pix?

Um jovem programador de Belém do Pará pensou nisso e desenvolveu um SaaS que permite a validação de Pixs em tempo real. 

  • Nascia, em 2022, a startup ValidaPix. Integrado e homologado com grandes bancos, quando o cliente faz um Pix para a loja, o sistema recebe a confirmação do banco e já informa a comprovação no dashboard. 
     
  • E pasme, esse processo todo acontece em apenas 2.2 segundos.

A plataforma permite a cada loja ter seu identificador de pagamentos, assim o caixa consegue validar o pagamento dos clientes através do QRCode (loja fisica) e Pix Copia e Cola (compra pelo Whatsapp) ou qualquer chave de preferência da empresa. Não são cobradas taxas pelas transações, apenas uma mensalidade pelo uso da plataforma, que varia de R$ 79,99 até R$ 250.

Além da validação dos Pixs em tempo real, o lojista conta com um relatório completo das transações. “A gente já tem uma estrutura onde eu consigo dizer quanto cada loja vendeu em um dia, quanto cada loja vendeu no digital, ou seja, toda a gestão do caixa para facilitar o controle financeiro da empresa”, afirma Yuri Aquino, fundador da ValidaPix, em conversa com o Startups para a série Além da Faria Lima. Segundo ele, a startup também vende sua API para ser integrada a ERPs.

Dashbord do ValidaPix (Foto: Divulgação) 

Gap no varejo

 

A ideia para desenvolver a solução que acabaria se transformando em uma startup surgiu quando Yuri percebeu um gap no varejo, especificamente na loja de sua mãe, Carmen Maria. Ao ver um cliente pagando uma compra com Pix e mostrando o comprovante para sua mãe, ele a questionou sobre como ela sabia que o dinheiro de fato caiu em sua conta.

 

“Ela me disse, ah, eu conheço esse cara, onde ele mora, se o dinheiro não caiu, eu vou lá e falo com ele. Então a questionei: mas e se você não conhece o cliente? Foi aí que me dei conta que tinha um gap ali gigantesco para ela facilmente levar um golpe”, conta Yuri. “Saí correndo para casa, para tentar descobrir alguma integração que eu poderia fazer com o banco dela, para quando o cliente pagasse com Pix, ela conseguisse receber uma notificação em tempo real dizendo que o dinheiro tinha caído na conta”, acrescenta. 

 

O primeiro varejista cliente da ValidaPix, depois da mãe de Yuri (rs), foi a Reserva. Hoje, já são mais de 600 clientes, incluindo Adidas, Arezzo, Cacau Show, Adcos, Usaflex, entre outros varejistas e franquias. Com uma receita recorrente de R$ 40 mil por mês, em 2023, o sistema da startup conseguiu validar R$ 200 milhões em transações Pix.

 Yuri Aquino, fundador da ValidaPix (Foto: Divulgação) 

A startup agora se prepara para lançar uma segunda versão de sua plataforma, com uma personalização que atenda as necessidades de cada segmento - além de varejistas, a ValidaPix atende também farmácias de manipulação, distribuidoras, entre outros tipos de comércio. 

 

No longo prazo, a ValidaPix tem planos de se tornar uma fintech que processa pagamentos via Pix. No caso, não haveria mais a necessidade da plataforma ter integração com bancos. Quando o Pix for feito, o dinheiro já cai no mesmo instante na conta do cliente. Mas antes disso, a startup quer entender melhor o mercado e validar o que está dando certo, para daí sim dar passos maiores e, quem sabe, fazer uma rodada de captação.

 

“Prefiro ter um poder de barganha, de conhecimento, segurar um pouco mais para entender toda a estrutura de pagamentos, para depois conseguir pegar um investimento. Quanto mais maturidade, mais caixa você consegue fazer”, finaliza Yuri.

 

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Pix é um dos assuntos do fintech revolution xperience 2024, festival onde estarão os principais nomes do mercado financeiro do Brasil e do mundo para discutirem os caminhos e soluções do setor para 2024. Confira!
 

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