Tendência: empresas dos mais variados segmentos — inclusive o serviço de streaming — entraram na corrida para se destacar no ecossistema de vídeos curtos. Entenda!
Netflix (Foto: divulgação site Netflix)
, jornalista
6 min
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11 nov 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
Rola a tela para cima. Aparece um vídeo curto. Rola para cima de novo. Outro vídeo curto. Nunca acaba porque o scroll é infinito. Foi com essa técnica — e o uso de algoritmos poderosos — que o TikTok se popularizou.
Mas hoje, não falaremos sobre a história do app chinês, e sim, da tendência de vídeos curtos que ele tem trazido para os negócios. E você deveria estar de olho nisso.
Isso porque, o formato nas redes sociais gera 30% mais vendas do que fotos, segundo relatório da VidMob, plataforma de inteligência criativa. Além disso, melhora a conexão com os clientes (saiba mais no tópico “por que importa”).
Para você ter uma ideia, empresas dos mais variados segmentos — inclusive a Netflix — entraram na corrida para se destacar no ecossistema de vídeos curtos. Entenda:
Nem mesmo os 21 milhões de seguidores no TikTok fizeram a Netflix ficar estagnada. A rainha do streaming — como é chamada nas redes sociais — tem criado aos poucos (uma espécie de MVP) a sua própria ferramenta de vídeos curtos.
Como assim? A empresa lançou o Fast Laughs, que mostra clipes curtos de comédia dos filmes e séries de seu catálogo, na plataforma. Mas não para por aí.
Agora, a nova aposta é marcar território no universo infantil. Para isso, nas próximas semanas, será lançado o Kids Clips, com conteúdo retirado de sua biblioteca infantil. Mas diferente das redes sociais tradicionais, para não expor as pessoas, o recurso vai exibir apenas entre 10 e 20 clipes por vez, segundo a Bloomberg.
A estratégia pode estar atrelada ao sucesso que as duas categorias (comédia e universo infantil) fazem no TikTok.
O mercado de clipes curtinhos está tão aquecido que o Instagram — famoso por ser uma rede social de fotos — mudou o posicionamento. Agora, o foco é no entretenimento dos usuários em formato de vídeo. Quem contou a novidade foi o Adam Mosseri, head do Instagram. “O vídeo está gerando grande crescimento online para todas as plataformas, e agora, acho que é uma área em que precisamos nos esforçar mais", disse o executivo.
O tradicionalíssimo YouTube lançou o Shorts, recurso de clipes curtos. Para engajar o uso, a empresa investiu US$ 100 milhões para recompensar os criadores pelos vídeos publicados em 2021 e 2022.
+ Saiba aqui por que as plataformas começaram a remunerar os criadores?
Os números mostram que o mercado de vídeo curto é a tendência da vez no mundo digital — e se você tem um negócio, vale ficar de olho.
Primeiro, porque os internautas estão consumindo mais esse tipo de conteúdo. Veja só: o TikTok superou o YouTube em tempo médio de visualização nos Estados Unidos.
A título de comparação, cada usuário consome mensalmente, em média, 24 horas e 38 minutos de conteúdo no aplicativo chinês. No YouTube, o consumo médio fica em 22 horas e 40 minutos por mês, segundo dados da AppAnnie.
Além disso, as marcas que usam vídeos curtos para anunciar nas redes sociais geram 30% mais vendas do que quando usam apenas fotos, de acordo com a VidMob. E faz sentido. Se as pessoas estão consumindo mais esse formato, logo, aumenta a proximidade delas com as empresas.
E por fim, o que podemos aprender com essa história? Vale criar vídeos curtos dentro do próprio site ou seria melhor ingressar nas ferramentas disponíveis nas redes sociais? Não tem resposta certa. Vale entender o que faz mais sentido para o seu negócio. Só lembrando: a Netflix decidiu fazer os dois…
+ Shopping no estilo TikTok? Essa é a proposta desta startup
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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