O valor do negócio foi de € 1,8 bilhão. Saiba por que chamou atenção da gigante dos cartões.
Visa (Foto: Justin Sullivan / Equipe)
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8 min
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24 jun 2021
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Atualizado: 8 ago 2023
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A Visa anunciou nesta quinta-feira (24/06) a compra da Tink, fintech europeia, por € 1,8 bilhão ― incluindo dinheiro e incentivos de retenção. O objetivo é expandir o negócio além da rede de cartões. A Tink manterá a marca, a equipe de gestão atual e a sede permanecerá em Estocolmo, na Suécia. A transação ainda precisa das aprovações regulatórias e outras condições não detalhadas pelas empresas.
"A Visa está empenhada em fazer tudo o que pudermos para promover a inovação e capacitar os consumidores no apoio às metas de open banking da Europa”, disse em comunicado Al Kelly, CEO da Visa.
Esta não é a primeira vez que a Visa está de olho nas fintechs. Recentemente, a companhia tentou comprar a Plaid, concorrente americana da Tink, mas desistiu depois que os órgãos reguladores dos Estados Unidos entraram com uma ação antitruste. A fintech, por sua vez, seguiu independente e, em sua última avaliação feita por investidores, foi avaliada em US$ 13,4 bilhões.
A startup foi fundada em Estocolmo em 2012. O objetivo era construir a plataforma de open banking mais robusta da Europa. Lançaram, então, uma série de tecnologias que permitem a qualquer pessoa ― desde grandes bancos e fintechs a startups ― construir o futuro dos serviços financeiros em toda a Europa. O resultado? Já são mais de 10 mil desenvolvedores que usam a plataforma, 250 milhões de clientes bancários na Europa e 10 bilhões de transações processadas por ano. Atualmente, a empresa tem cerca de 200 funcionários.
Não é segredo que a Visa é uma das maiores empresas de cartão do mundo. Mas com o negócio, a companhia reforça o objetivo de diversificar a receita. Já que as companhias do segmento de cartões têm enfrentado cada vez mais pressão de órgãos reguladores sobre as tarifas cobradas.
Mas por que uma fintech europeia? Os serviços de fintechs estão em explosão na Europa desde que a legislação da União Europeia ― a Payment Services Directive (PSD2) ― regulamentou os serviços e provedores de pagamento em toda a União Europeia e no Espaço Econômico Europeu. O resultado? Desenvolvedores, fintechs e instituições financeiras estão aproveitando cada vez mais as soluções de open banking para capacitar os consumidores com mais opções de como e onde compartilhar seus dados financeiros. A Tink, por exemplo, é apenas uma das mais de 440 fintechs do segmento em toda a Europa.
Se aprovado pelos órgãos reguladores, será um marco importante para o setor de fintechs da Suécia.
“Ao reunir as redes da Visa e as capacidades de open banking da Tink, vamos oferecer maior valor aos consumidores e empresas europeias com ferramentas para tornar suas vidas financeiras mais simples, confiáveis e seguras", afirma Kelly.
Para Daniel Kjellén, CEO e cofundador da Tink, a Visa é a parceira ideal para os próximos passos da companhia. "Estamos felizes e entusiasmados com o que o negócio trará aos funcionários, aos clientes e para o futuro dos serviços financeiros”, disse Daniel Kjellén, CEO e cofundador da Tink.
Charlotte Hogg, CEO da Visa Europe, acrescentou: “Esta aquisição é um sinal do nosso compromisso com a Europa. Na Tink, encontramos um parceiro forte com quem podemos acelerar a inovação em serviços de open banking para o benefício de nossos clientes e os cidadãos do Reino Unido e da UE, ao mesmo tempo que investimos em empregos de alta qualificação em tecnologia no continente."
Já falamos aqui que as fintechs estão chamando a atenção de investidores. Somente no primeiro trimestre deste ano, por exemplo, o setor foi campeão em volume de aportes. O valuation também impressiona: dos unicórnios lançados em 2021 (até o momento), 55 são fintechs, segundo o CBInsights.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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