O recurso vai aparecer de forma gradual nas próximas semanas para todos os usuários do aplicativo. No entanto, é preciso atualizá-lo na loja de apps. Saiba o que é, como funciona e por que a empresa, que faz parte do conglomerado Facebook, está apostando nesse setor.
WhatsApp (Foto: Pexels)
, jornalista
9 min
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5 mai 2021
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Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
Brasil. Junho de 2020. E uma notícia que fez barulho em todo o noticiário do país: o Facebook, dono do WhatsApp, iniciaria o serviço de pagamento e transferência de dinheiro por meio do aplicativo de mensagem. Transações rápidas e sem taxas. Uma revolução no sistema financeiro. Mas cerca de uma semana após o anúncio, o Banco Central (BC) e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) suspenderam a operação. Na época, a instituição financeira disse em nota: “a motivação do BC para a decisão é preservar um adequado ambiente competitivo, que assegure o funcionamento de um sistema de pagamentos interoperável, rápido, seguro, transparente, aberto e barato.”
Agora, quase um ano depois — e após a aprovação do BC — a funcionalidade está disponível para os usuários do app. O comunicado foi feito pela empresa na última terça-feira (04/05) — entenda abaixo como funciona. “Este é um dos primeiros países do mundo a ter pagamentos no WhatsApp. Isso porque sabemos o quanto o WhatsApp é importante para o Brasil”, anunciou Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook.
O recurso é habilitado pelo Facebook Pay, serviço financeiro do conglomerado Facebook, dono do WhatsApp; e a operação é feita pela Cielo. A liberação aos usuários será feita de forma gradual. No entanto, é preciso seguir algumas regrinhas, como: atualizar o mensageiro na loja de apps e ter um número de telefone do Brasil. Após ter acesso à função, a pessoa poderá convidar amigos. Além disso, os bancos parceiros também podem convidar seus clientes. Segundo a empresa, não serão cobradas taxas e as transações só serão feitas dentro do país e em moeda local. Por enquanto, será possível fazer transferências apenas entre pessoas físicas. Os pagamentos às empresas ainda dependem da aprovação do Banco Central.
“Estamos animados com a disponibilização desse serviço. Facilitar o envio e o recebimento de dinheiro de maneira segura não poderia ser mais importante neste momento, já que não só diminui a exposição das pessoas à pandemia, mas também as ajuda a se manterem conectadas com entes queridos, expande o acesso a serviços financeiros e possibilita que mais pessoas participem da economia digital”, disse em comunicado Matt Idema, diretor de operações do WhatsApp.
Como a transferência pode ser feita
Segundo a empresa, as transferências podem ser feitas por meio de cartões de débito, pré-pagos ou combo participantes (exceto cartões de crédito). Funciona assim: o usuário adiciona o cartão de um banco parceiro (saiba mais abaixo), escolhe a pessoa para enviar o dinheiro e clica em adicionar transação. Após a transferência, o recebedor verá o pagamento na própria conversa dentro do app.
Limite de transferência
Os usuários podem transferir até R$ 1 mil por transação e receber até 20 transferências por dia, com um limite de R$ 5 mil por mês. No entanto, os bancos parceiros podem estabelecer um limite menor.
Bancos parceiros
As instituições parceiras são Banco do Brasil, Banco Inter, Bradesco Cartões, Cielo, Itaú Unibanco, Mastercard Brasil e Cone Sul, Mercado Pago no Brasil, next, Nubank, Sicredi e Visa.
O mercado de transações online no Brasil é bilionário — e esse número tem aumentado ainda mais com a chegada da pandemia. No ano passado, por exemplo, o cartão de crédito foi responsável por movimentar R$ 1,18 trilhão; o cartão de débito R$ 762,4 bilhões; e o cartão pré-pago R$ 45,3 bilhões. É o que mostra o levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Os números apresentam uma alta de 8,2% comparado com 2019.
Além disso, embora o WhatsApp ainda não tenha a liberação para oferecer pagamentos às pessoas jurídicas, é um nicho promissor. Segundo pesquisa CX Trends 2021, realizada pela Zendesk, 84% dos entrevistados passaram a usar aplicativos de mensagem como o WhatsApp e o chat para interagir com empresas; e 65% buscam comprar de companhias que ofereçam transações digitais de forma rápida.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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