Entenda como funciona o modelo de loja autônoma e a expansão das unidades através de franquias
Loja da Zaitt (foto: divulgação)
, jornalista da StartSe
6 min
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7 out 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas.
Já pensou em entrar, escolher suas compras e sair da loja sem falar com nenhum funcionário? Isso já é possível em diversas lojas autônomas que estão surgindo no Brasil. E se depender da Zaitt, a presença delas irá crescer de forma rápida: a empresa planeja abrir 500 lojas autônomas até 2023.
A Zaitt é uma empresa de lojas de conveniência autônomas. A companhia inaugurou sua primeira unidade em 2019, em São Paulo. Agora, em outubro de 2021, são sete lojas em operação – distribuídas entre São Paulo, Minas Gerais, Brasília, entre outros locais.
A loja escolheu o modelo de franquias para expandir o negócio pelo Brasil. Para isso, passou o primeiro semestre de 2020 estudando o MVP, para aprender mais sobre a relação com o franqueado. Enquanto isso, a companhia lidava com uma questão interna: no mesmo período, ela foi adquirida pela multinacional brasileira Sapore.
Aparentemente, os contratos de dentro e fora da empresa correram bem. De acordo com Rodrigo Miranda, CEO e fundador da companhia, já existem 21 novos negócios assinados – o que significa, na prática, mais 21 lojas em operação em um futuro próximo.
“Estamos nos estruturando para atingir a meta de 500 lojas abertas até 2023. Estamos montando um time forte, focado em varejo, porque este negócio não é puramente sobre tecnologia”, explica Miranda em entrevista à StartSe.
A Zaitt decidiu franquear o negócio pela margem. Por ter um número reduzido de funcionários (apenas para manutenção de limpeza, equipamentos e estoque), o negócio consegue ter margens maiores e dividir essa rentabilidade com o franqueado.
Confira também: Lojas autônomas trazem mais conveniência em meio a pandemia
Cada loja autônoma possui uma tecnologia específica. No início, ainda em 2019, a Zaitt fez um teste em que os produtos tinham etiquetas de radiofrequência (também conhecido como RFID) e QR Code.
“Nós analisamos o lado financeiro, operacional e do cliente e em nenhum dos três pontos o RFID se comportou melhor que o scan e go [do QR Code]”, explica o CEO da Zaitt. Nesta modalidade, cada produto possui um QR Code específico e os clientes escaneiam para adicioná-lo no carrinho, que é feito através do aplicativo da Zaitt.
Para entrar na loja – que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana – os clientes devem validar o QR Code através do app. Com a validação, a porta é aberta. Depois, devem ler o QR Code dos produtos escolhidos e realizar o pagamento no app, de forma digital.
No entanto, assim como a RFID saiu das prateleiras da Zaitt, novas tecnologias podem entrar. “Nós estamos estudando como funcionam sensores de gôndola e visão computacional, mas ainda não há previsão de implementação”, explica Rodrigo.
O formato de scan e go é utilizado também pelas lojas autônomas do Carrefour Express, localizadas em condomínios de prédios comerciais e residenciais. As empresas trocaram figurinhas antes da criação da loja autônoma da rede de supermercados.
Já a visão computacional é utilizada pela Amazon Go, um dos grandes cases de lojas autônomas no mundo. Atualmente, a varejista possui mais de 20 unidades da rede aberta. A tecnologia também chegou ao supermercado da empresa.
Na versão da Amazon, os clientes retiram os produtos das prateleiras e podem apenas passar pela catraca com eles: as câmeras reconhecem o que foi comprado e cobram diretamente na conta da varejista, que é validada na entrada.
Embora o segmento de lojas autônomas esteja em desenvolvimento no país, ainda existem estranhamentos e dificuldades com a tecnologia. “A maior recorrência que temos é a de uma compra, em média, por semana. Mas isso não quer dizer que não temos diversos pontos a melhorar: ainda há atrito na hora do cadastro, por exemplo”, conta o CEO. “Temos uma série de projetos até o final do ano para mitigar inconveniências”.
Atualmente, os produtos mais comprados pelos clientes da Zaitt são os típicos das conveniências comuns: bebidas alcoólicas, itens de tabacaria e snacks. O tempo médio de compra é de dois minutos e o ticket médio é de R$ 25.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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