Pioneira no conceito de cashback, empresa traz soluções financeiras para diversos tipos de negócio e já trabalhou com grandes marcas do varejo. Conheça a história
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Por Tabatha Benjamin
O Méliuz foi criado em 2011 por Israel Salmen e Ofli Guimarães, que estvam insatisfeitos com os programas de fidelidade que existiam no mercado. Aapós descobrirem o conceito de cashback, decidiram tornar essa a solução que iria revolucionar o mercado através de um novo negócio. Logo no início, a fintech conquistou 16 parceiros, incluindo grandes marcas, como Americanas, Giuliana Flores e Ingresso.com.
Em 2012, os fundadores participaram do Startup Chile, programa de aceleração onde a startup recebeu cerca de US$ 40 mil de capital semente, mentoria e troca de experiências com empreendedores de todo o mundo. A partir disso, novos desenvolvedores entraram para o time e solidificaram o produto como um todo em apenas seis meses.
Depois de ouvir muitos “nãos”, a plataforma recebeu um investimento seed round qualificado em 2015: por meio de uma mensagem no LinkedIn, Israel e Ofli entraram em contato com Fabrice Grinda, fundador da OLX, que viu no negócio uma excelente oportunidade. Depois disso, muitas portas se abriram.
No ano seguinte, foi a vez do Méliuz partir para o off-line e levar o cashback para o comércio físico, como mercados e farmácias.
Em 2020, a empresa listou suas ações na bolsa de valores brasileira, a B3, e terminou o ano com mais de 14 milhões de contas cadastradas e 1.500 e-commerces parceiros.
O principal objetivo do Méliuz é oferecer engajamento e fidelização de clientes através do cashback, que varia de 1% a 50%, e cupons de desconto aos usuários que fizerem compras nas lojas parceiras. Isso pode ser feito por meio de:
Ao atingir R$ 20 na conta do Méliuz, o usuário já pode resgatar o valor e usá-lo como quiser. As marcas parceiras são dos mais diversos segmentos, que vão desde alimentos até tecnologia, passando por cursos e viagens.
Além disso, em conjunto com a EasyCrédito, a empresa incluiu recentemente em seus serviços a simulação e contratação de empréstimos pessoais, consignados ou com garantia. A utilidade é oferecida também em parceria com diversas instituições financeiras, como Creditas, Banco Pan, Banco do Brasil e mais.
O Méliuz desenvolveu um programa de fidelidade que fizesse a diferença, com cashback sem data de expiração, diferente do que havia na época, quando a maioria desses programas ofereciam pontos difíceis de serem usados. E não foi só isso: não só os clientes saem ganhando, como também as empresas parceiras.
Desde 2019, a empresa oferece cartão de crédito sem anuidade e com cashback, ampliando seus serviços financeiros e atraindo cada vez mais usuários em busca de facilitadores nessa área.
Mostrando que não para de inovar, em 2021 a plataforma lançou o serviço digital de empréstimos. E não parou por aí: o Méliuz comprou 51,2% das ações representativas da Picodi.com, uma plataforma de e-commerce que reúne cupons de descontos e códigos promocionais, em uma negociação de R$ 120 milhões.
Para se firmar como fintech e seguir inovando nesse sentido, a plataforma adquiriu também o banco digital Acesso Bank, numa transação de R$ 324 milhões. Com isso, o Méliuz espera ter vantagem na briga das carteiras digitais, como PicPay, Ame, Mercado Pago etc.
E, buscando expandir ainda mais suas ofertas de produtos financeiros, ainda em 2020, a fintech deu os primeiros passos em direção ao segmento de criptomoedas e comprou a Alter, startup que oferece uma conta digital de moedas virtuais, por R$ 25,9 milhões.
“Somos uma das maiores plataformas de e-commerce do país sem vender nenhum produto e sem ter de entregar nada”, disse Israel Salmen, em entrevista à Exame.
“E o que ganham com isso?”, você deve estar se perguntando. A companhia trabalha com o que chama de “ganha-ganha-ganha”: as parceiras pagam para estar na plataforma e o Méliuz compartilha sua comissão com os compradores, que recebem parte do valor das compras de volta. Além disso, a fintech tem acesso a um leque infinito de dados. Ou seja, todos saem ganhando.
Mesmo que a startup tenha crescido exponencialmente nos últimos anos, principalmente durante a pandemia, que acelerou a evolução dos e-commerces, ainda há muitas oportunidades pela frente, ainda mais dentro de serviços financeiros.
Além disso, o IPO foi um sucesso, tendo levantado R$ 661,7 milhões. Com isso, é sinalizada uma mudança de paradigma para o ecossistema do empreendedorismo tecnológico.
No Méliuz, a “atitude de dono” que algumas empresas cobram de candidatos é verdadeira e recompensada desde 2012: os melhores colaboradores se tornam sócios. “Não tínhamos dinheiro para atrair talentos pagando o salário que o mercado propunha. Por isso, adotamos a prática de stock options”, explicou Israel Salmen à Exame. Até 2021, 15% dos funcionários já eram sócios.
Hoje, a estratégia é utilizada na retenção de talentos: “É difícil construir algo grande e disruptivo sem dividir esse trabalho com pessoas que pensam como você e se destacam por seus resultados. Essa é uma forma de recompensá-los. Eu acredito muito que é dividindo que fazemos nosso bolo crescer.”
“Ter um time engajado e fora da zona de conforto, que realmente respira a cultura da empresa e é tão apaixonado pelo negócio como nós somos, foi o que fez tudo isso se tornar realidade. É por isso que hoje cada pessoa do Méliuz tem autonomia para fazer seu trabalho da forma que achar melhor e tem liberdade para propor novas soluções. Assim, cada um se torna um pouco dono da empresa, engajado com o negócio”, contou o cofundador Ofli Guimarães em artigo para o Endeavor.
Uma prova de que a gestão do negócio é bem-sucedida se dá através de sua nota no Glassdoor, site de avaliações de empresas por funcionários. Junto com o Magalu, o Méliuz possui uma das melhores notas do setor: 4,8 de 5.
A empresa começou com o pé direito e recebeu mais investimento do que esperava, mas isso tirou o foco dos fundadores. “Sem dinheiro, a gente teria corrido mais atrás de boas pessoas pro time, que ajudassem a gente a errar mais rápido, e de uma base de clientes apaixonados que ajudassem a gente a errar menos”, refletiu Israel Salmen em entrevista ao Endeavor.
Apesar disso, conquistaram seu próprio espaço e buscam antever os próximos passos. “Sempre estamos pensando no que vem a seguir, naquela inovação que substituirá o que criamos e que só nós podemos desenvolver – antes que outra empresa vá lá e faça”, disse Ofli Guimarães.
Um dos pontos em que o Méliuz é muito bem avaliado é referente ao seu atendimento ao consumidor. E, sobre o assunto, a plataforma deixa algumas lições:
Empatia: quem presta serviço deve sempre se colocar no lugar do consumidor. É importante que a equipe de relacionamento e as demais áreas consigam sentir a dor do cliente para que o atendimento seja realmente eficaz.
Urgência: todos têm pressa em resolver seus problemas. É fundamental que a empresa não poupe esforços para solucionar a questão o mais rápido possível.
Proximidade: para que o cliente se sinta realmente amparado, é importante mantê-lo por perto. No Méliuz, o time busca ligar para clientes insatisfeitos já com uma solução. Esse contato permite à equipe dar segurança ao cliente de que seu caso terá a atenção devida.
Autonomia: o cliente está em primeiro lugar e a startup investe para garantir sua satisfação. Por isso, os colaboradores têm total liberdade para conduzir o atendimento e resolver o problema o mais rápido possível, sem depender de terceiros.
Talento: é preciso escolher bem o time, investir em capacitação e manter os funcionários sempre motivados. Um processo seletivo claro e exigente ajuda a atrair gente que realmente gosta de lidar com pessoas e tem facilidade em se relacionar com os outros.
Gestão: é importante que o atendimento da empresa seja constantemente avaliado pelo cliente. O Méliuz trabalha com o sistema de NPS e envia avaliações periódicas para os usuários. Os resultados são acompanhados pelo gestor, que deve colocar a mão na massa e se manter sempre em contato com o usuário.
Nome: Méliuz
Ano de fundação: 2011
Origem: Minas Gerais, Brasil
Valor de mercado: US$ 1,16 bilhão
CEO: Israel Salmen
Concorrentes: Ame Digital, Cashback World, Beblue, Poup, Mooba, Cashola, Meu Dim Dim e MyCashBack
…
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