Saiba como empresas como Uber, Tesla e Netflix apostam na disrupção para estabelecer os seus negócios.
Homem usando aparelho de VR (foto: Getty)
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!
Com a tecnologia avançando cada vez mais rápido, a disrupção caminha para deixar de ser uma vantagem e se tornar uma necessidade competitiva. Empresas que não possuem um diferencial terão um desafio sério para enfrentar as que possuem, e inovar é a melhor forma de evitar esse cenário.
Uma pesquisa da consultoria McKinsey & Company revelou que, ao investir em inovações durante períodos de crise, é possível obter resultados até 30% maiores durante a recuperação. Este é apenas um exemplo de como o tema possui relevância fundamental para os negócios.
Inovar, no entanto, nem sempre causa uma disrupção. Ela chega para revirar o tabuleiro: se a inovação cria peças melhores, a disrupção é capaz de produzir um novo jogo, com as próprias regras.
Entender essa dinâmica é fundamental para quem deseja conquistar e manter uma posição sólida no mercado, lançando produtos e serviços que encantam seus consumidores ao ponto de eles nem olharem para a concorrência.
Neste artigo você conhecerá a diferença entre inovação e disrupção, quais os seus benefícios, e como explorar cada uma para multiplicar os resultados da sua organização!
Ainda existem debates sobre qual conceito de disrupção é o mais adequado. Há quem defenda que toda inovação capaz de “balançar” a estrutura de um mercado é disruptiva, enquanto outros afirmam que uma disrupção precisa criar novos mercados.
No segundo caso, exemplos como a Uber não seriam uma disrupção, apenas uma melhoria na forma como passageiros e motoristas se encontram.
De qualquer maneira, é um processo intimamente ligado à inovação, já que é preciso criar algo mais barato, eficiente ou acessível do que a solução atual - alguns exemplos de disrupção conseguem fazer tudo isso ao mesmo tempo!
Em muitos casos, a disrupção também cria um produto ou serviço capaz de atender públicos que estavam à margem do modelo anterior. É o exemplo dos computadores pessoais, em relação às máquinas complexas e imensas que vieram antes deles.
Quando isso acontece, a disrupção costuma ser ignorada pelos concorrentes como algo da moda, já que atinge apenas uma fração das vendas obtidas pela solução atual. Com o passar do tempo, estes primeiros usuários se tornam um motor para o crescimento, divulgando sua satisfação para o mundo e praticamente implorando para que seus amigos e familiares experimentem a novidade.
A disrupção ganha uma massa crítica, e impacta profundamente as organizações concorrentes. Foi o caso da Netflix, que balançou as locadoras e os serviços de TV a cabo, estabelecendo um novo modelo de negócios que viria a ser utilizado até mesmo por gigantes como a Disney.
Novas tecnologias podem abalar o mais tradicional dos mercados, e atropelar empresas que eram consideradas inatingíveis. Com a transformação digital ganhando impulso e recursos como 5G ou fibra óptica conquistando espaço, a expectativa é que a disrupção aconteça com cada vez mais frequência.
Para os consumidores, a vantagem é considerável: produtos mais baratos, rápidos, acessíveis e eficientes. Junto às facilidades, também surgem novas exigências. As pessoas estão se acostumando a certos padrões, elevando o nível em que as empresas devem operar.
Manter-se competitivo não é uma tarefa simples, já que dada a própria natureza da disrupção, ela pode trazer um novo desafio em questão de meses, ou até mesmo dias. Um novo produto pode ser lançado na próxima semana, e afetar os seus negócios de um modo imprevisível. Enfrentar essa dinâmica exige um foco em inovação, para que a própria empresa seja capaz de criar novidades e manter vantagens estratégicas frente às suas competidoras.
A disrupção não surge por mágica, ela costuma aparecer em organizações que já se voltam à inovação, apoiando a criatividade dos seus colaboradores num trabalho intenso de pesquisa e desenvolvimento.
Existem algumas maneiras de abrir o caminho para novas ideias, e você pode começar prestando atenção ao que é feito em outros países ou mercados. Muitas vezes a disrupção em um segmento pode ser repetida em outro - exemplo disso são os serviços que conectam o consumidor ao vendedor ou prestador de serviço, como Uber, iFood, Airbnb, etc.
A empresa deve buscar ideias com o potencial de se tornar uma inovação disruptiva dentro e fora dos seus domínios, formando parcerias com espaços como universidades e startups. Organizações como essas costumam produzir diversos protótipos, e um deles pode ser ideal para os seus negócios.
Invista também em outros tipos de inovação. Muitas vezes uma ideia começa como uma pequena melhoria, e só após ser implementada é que seu potencial disruptivo se torna visível.
A cada ano a disrupção parece mais comum. Empresas como Alphabet, Facebook, Apple e Amazon merecem um destaque por estar à frente de várias inovações disruptivas, e continuar essa busca mesmo após se tornarem organizações bilionárias.
Um exemplo interessante é o da 99 App (nascida como 99 Táxi). Fundada em 2012, a empresa teve de competir com um dos maiores nomes quando se fala em disrupção, a Uber, e conseguiu firmar seu espaço atendendo um público que a concorrente não alcançava.
Permitindo a utilização por taxistas, a 99 capitalizou sobre uma insatisfação gerada pela disrupção anterior. A empresa ganhou mercado, tornando-se a primeira startup unicórnio brasileira ao ser adquirida pela chinesa Didi Chuxing.
Descentralizando a busca por alojamentos para viajantes, a Airbnb é outro exemplo notável de empresa disruptiva. Sua primeira abordagem era focada em estadias baratas, e recebeu diversas críticas em relação à qualidade dos locais disponíveis.
Hoje, é possível encontrar desde uma acomodação simples no quarto de visitas de alguém até espaços de luxo e acomodações singulares , como casas flutuantes e cabanas em meio à floresta, dominando um ascendente mercado de turismo ligado a experiências únicas.
Toda disrupção é inovadora, pois modifica profundamente a forma como determinado produto ou serviço é consumido pelo público. Por outro lado, nem toda inovação é disruptiva, pois ela também pode trazer uma pequena melhoria, ou até mesmo um grande avanço que, no entanto, não revoluciona o mercado onde surgiu.
Um exemplo disso são os carros elétricos da Tesla. Eles possuem tecnologias inovadoras, em todos os sentidos da palavra, oferecem atrativos únicos para seus compradores, mas continuam sendo carros.
Por outro lado, a direção autônoma, inovação na qual a própria Tesla é uma das líderes, pode ser considerada disruptiva por fazer do carro um produto diferente, e não apenas melhor.
A inovação também pode surgir na forma de uma boa ideia, que agrega valor a determinado processo e permite cortar gastos ou ganhar eficiência, como a organização de times em squads.
Inovações com esse caráter podem mudar a forma como o trabalho é feito, mas não transformam uma determinada indústria nem lançam uma tecnologia revolucionária, e por isso não são disruptivas.
As disrupções vão continuar ocorrendo, afetando mercados estáveis e criando novos líderes.
É um movimento que não pode ser freado, e a melhor opção para quem deseja se manter competitivo é estar à frente dele, perseguindo disrupções e inovações diversas para entregar produtos e serviços de uma forma única.
Dessa forma, você terá seu público fiel, com o qual poderá se relacionar e até obter ideias para novos projetos, mantendo-se em uma posição que os concorrentes não podem alcançar
O Planejamento Estratégico Tradicional se tornou um mecanismo "ingênuo" para acompanhar o ritmo da Nova Economia. Conheça o programa S4D - Strategy for Disruption e veja o inédito Planejamento Estratégico 4D StartSe, único no mundo e capaz de gerar Poder Competitivo e Adaptativo Real para seu negócio.
Gostou deste conteúdo? Deixa que a gente te avisa quando surgirem assuntos relacionados!
Assuntos relacionados
Leia o próximo artigo
newsletter
Start Seu dia:
A Newsletter do AGORA!