O olhar para as pessoas tem feito a agência Gana decolar. Veja como eles trabalham os talentos, da contratação à retenção.
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4 min
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5 out 2023
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Atualizado: 5 out 2023
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“O que tenho muito em mente e é um foco é estar sempre cuidando das pessoas porque eu acho que é a nossa maior riqueza. É o que a gente tem de mais importante”, diz Tatiana Marinho, CEO da Gana.
Fundada em 2021 por Ary Nogueira e Felipe Silva, a Gana trabalha com um time composto 100% por pessoas pretas, que estão distribuídas em vários estados ao redor do país. Além disso, a companhia conta com 63% de liderança feminina.
Com o olhar de que conteúdo precisa se conectar com pessoas, principalmente com os brasileiros e brasileiras, a Gana começa a disrupção na contratação.
“Quando contratamos, por exemplo, uma dupla de criação, pensamos se vamos trazer mais dois homens ou duas mulheres? Buscamos o equilíbrio. Trabalhamos a equidade como um todo, desde a contratação, posição e salários, como também na autonomia, na escuta e no respeito”, explicou Tatiana.
Depois de conhecer o trabalho da pessoa e contratar, a ideia é desenvolver. Afinal, a Gana lida com talentos muitas vezes marginalizados, mas com muito potencial represado.
“A gente já traz, por exemplo, um gerente de nível abaixo e aí a gente desenvolve, a gente entrega, a gente explica qual é a ruptura, que tem aí um acompanhamento muito próximo e que tem uma da liderança direta para desenvolver.”
Tatiana até brincou na conversa que, muitas vezes, o mercado acaba contratando muitos talentos formados pela Gana e ela acha isso ótimo. É sinal que eles estão dando visibilidade e mostrando o valor dessas pessoas.
Tatiana analisa que, mesmo pessoas que executam funções estratégicas e de liderança, não acabam assumindo essas cadeiras, quando as vagas são abertas, por serem negras. “Então como é que a gente quebra essa realidade dentro das empresas? Como é que a gente consegue mudar isso?”
Além do recorte de raça, ela levanta a questão de gênero: para Tatiana, que hoje está na cadeira mais alta da Gana, o desejo é que ela se torne uma referência, plante uma semente e traga mais mulheres com ela.
Apostar em uma empresa de comunicação que conversa com o Brasil de verdade já está dando resultados: em 2022, a Gana registrou uma receita operacional líquida de R$ 10 milhões, crescendo 156% em relação ao ano anterior.
Ao apostar na atração, formação e retenção de talentos, a empresa cria uma dinâmica que pode inspirar o mercado e abrir portas para muitos profissionais. E ainda se fortalece enquanto marca empregadora.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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