A briga entre as companhias não para. A coroa de liderança em vendas de celulares voltou para a Samsung -- destronando a Apple. Com isso, a maçã passa para o segundo lugar. Entenda essa disputa e saiba como o mercado de celulares está reagindo em tempos pandêmicos.
Samsung Ultra 5G (Foto: Unsplash)
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7 min
•
29 abr 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
'E lá vem ela de novo: vendeu, ultrapassou e é gol'. Essa frase poderia ser a narração de um jogo de futebol? Poderia. Mas não é. Ela quer dizer, na verdade, que a Samsung ultrapassou a Apple e se tornou a maior fabricante de smartphones do mundo no primeiro trimestre deste ano. Isso porque, segundo a Canalys, empresa de pesquisa de mercado, a Samsung registrou 76,5 milhões de vendas de celulares. Já a companhia de Steve Jobs atingiu 52,4 milhões de vendas no período. Com 24,1 milhões de pontos (ops, vendas) a mais, a Samsung marcou um ‘golaço’ e ficou na liderança em vendas de celulares.
O terceiro lugar foi ocupado pela chinesa Xiaomi, que registrou 49 milhões de vendas no trimestre. O resultado foi o seu maior desempenho nos últimos trimestres. E ficou atrás apenas 1% da Apple. A companhia chinesa tem mostrado apetite no crescimento nos últimos tempos e pode ocupar a posição das veteranas Apple e Samsung. Vamos acompanhar.
A briga entre as empresas vem de longa data. Essa rivalidade foi parar até no tribunal de diversos países. Em 2011, a Apple processou a Samsung por copiar características de design do iPhone, em outras palavras, por copiar o smartphone da concorrente. A empresa de Steve Jobs pediu indenização no valor de US$ 1 bilhão. Foram cerca de sete anos de idas e vindas até que, a juíza Lucy Koh afirmou que as empresas entraram em um acordo. Apesar dos detalhes sobre a negociação não terem sido divulgados, a última informação pública sobre o assunto previu o pagamento de US$ 539 milhões da Samsung à Apple.
Mas voltando para o primeiro trimestre de 2021 — a atual disputa em vendas de smartphones —, a Samsung ocupou a fatia de 22% de todo o mercado de celulares e a Apple de 15%. O motivo? Os lançamentos dos telefones da linha Samsung A e a expansão de modelos 4G e 5G contribuíram para o bom desempenho trimestral. Já as vendas do iPhone 12 mini ficaram abaixo das expectativas de vendas. Por outro lado, a alta demanda da versão iPhone 11 ajudou a manter a Apple num bom ritmo (ainda que não tenha ficado no topo).
Mesmo em meio à crise sanitária, as vendas de smartphones estão indo bem. No primeiro trimestre deste ano, as remessas atingiram cerca de 340 milhões de unidades — um aumento de 24% em comparação com o mesmo período de 2020. A Gartner, por exemplo, prevê um crescimento em 2021 no mercado de celulares de 11% a mais em comparação com o ano passado. Os celulares de modelo 5G serão responsáveis por 35% das vendas. “Em 2020, os consumidores reduziram os gastos com smartphones, mas a disponibilidade de novos produtos, verão os usuários aumentarem significativamente a demanda em 2021”, disse Anshul Gupta, diretor de pesquisa sênior do Gartner.
Por outro ângulo, a escassez de chips tem se tornado uma grande preocupação no mercado. “E pode prejudicar as remessas de smartphones nos próximos trimestres. […] E enquanto a escassez persistir, isso concederá às empresas maiores uma vantagem única, já que as marcas globais têm mais poder para negociar a alocação. Isso vai colocar mais pressão sobre as marcas menores”, disse em comunicado Ben Stanton, gerente de pesquisa da Canalys. Não à toa que a LG já anunciou a retirada no mercado global de celulares. O espaço vai ficando maior para a disputa entre os grandões como Apple, Samsung e Xiaomi.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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