O selo GPTW alavanca pequenas empresas para que possam garantir grandes talentos e relevância na praça. Mas como chegar até ele?
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Por Camila Petry Feiler
Houve um tempo em que o selo Great Place to Work pertencia às grandes organizações, famosas ou multinacionais, mas isso mudou. Para ter uma ideia do cenário, entre 2018 e 2019, o número de empresas com até 29 funcionários que receberam um selo de certificação do GPTW cresceu 480%, indo de 29 para 168 empresas.
Isso acontece porque o mercado mudou e hoje é possível alcançar grandes patamares com equipes enxutas, desde que o cuidado com as pessoas esteja em destaque e as práticas de gestão sejam inovadoras. As startups se tornaram grandes agentes nessa mudança, já que, com crescimento acelerado e olhar disruptivo, passaram a fazer parte também do hall das melhores empresas para se trabalhar.
Desde 2005, a consultoria Great Place To Work (GPTW) faz uma pesquisa para revelar as melhores empresas para se trabalhar na América Latina.
A metodologia do GPTW, reconhecida em 61 países, considera as práticas culturais de gestão de pessoas e a resposta dos colaboradores sobre o ambiente que trabalham em cinco dimensões: credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camaradagem. Todos os anos, o resultado da pesquisa é revelado no primeiro semestre, com uma festa de premiação.
A gente tem falado aqui sobre a busca por reconhecimento, escuta e pertencimento no mercado de trabalho, o famoso salário emocional, e como isso traz muitos benefícios a empresa, criando um lugar seguro para que os funcionários possam viver sua individualidade e agregar valor com isso.
+ Atraindo talentos: como usar o salário emocional a seu favor?
A pandemia acelerou tendências e trouxe um novo cenário também ao ambiente de trabalho. Flexibilidade, transparência, processos ágeis e menos hierárquicos são as buscas dos profissionais que buscam maior equilíbrio e qualidade de vida, sem abrir mão do crescimento profissional.
Renan Conte, da startup espanhola Factorial HR, comenta que hoje, mais do que belos benefícios e salários, é preciso saber ouvir, assim a empresa também segue aprendendo em todos os níveis.
“Um desafio quando eu fui convidado pra diretoria Brasil era trazer o mesmo clima que a gente tinha em Barcelona. E eu falava: gente, o produto é muito bom, a empresa maravilhosa, mas e o clima? Como eu vou trazer o que a gente tem aqui?”, comenta Renan, e a resposta está a seguir e traz pistas de como se tornar uma startup GPTW.
Na expansão para o Brasil, Renan trouxe também a cultura da empresa, que envolve certos rituais e valores, mostrando aos colaboradores o que a empresa acredita e vive no dia a dia. Ao entender o que é único na sua empresa, você cria camadas de envolvimento com os funcionários e otimiza o senso de pertencimento se o match é bem-feito na contratação. Por isso cuidar da sua employer branding.
+ Como construir uma cultura coerente na sua empresa?
Certamente o selo do Great Place To Work vai fazer sua marca bombar no LinkedIn e também ter o reconhecimento dos talentos do mercado, mas o trabalho começa antes. Entenda o que diferencia a sua organização, qual a sua proposta de valor enquanto empregador e entenda como melhorar os processos de recrutamento e seleção e também o onboarding.
As avaliações de desempenho podem ser um ótimo espaço para ouvir do colaborador o que pode ser melhorado. Mais do que isso: entenda como vocês podem construir juntos, de forma que o colaborador passe a ser ativamente responsável pela melhoria contínua da empresa.
Faça com que sua empresa seja um lugar onde o colaborador siga crescendo, se desenvolvendo e seja valorizado por isso. Treinamentos e planos de carreira podem ajudar, inclusive, a entender como vocês podem crescer juntos.
Claro, boa parte do processo de certificação oferecido pela GPTW vai ajudar a lapidar esses processos, entretanto, é preciso ter um nível de engajamento e uma pontuação mínima. Por isso, é bom garantir que a sua empresa tenha uma base para alcançar os critérios estabelecidos.
Mas o importante é lembrar que as regras do jogo mudaram: não tem mais tempo de mercado ou tamanho que siga relevante sem espaço para diálogo, lideranças preparadas, diversidade, aprendizado rápido e ação para resolução. Essas marcas são das organizações que sabem se reinventar e que seguem com o horizonte aberto.
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