Os grupos de diversidade se tornaram mais presentes nas empresas. Entenda como eles atuam e qual o diferencial que oferecem para as organizações
Foto: Getty Images
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6 min
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11 jul 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Camila Petry Feiler
Construir uma cultura em que todas as pessoas possam se sentir pertencentes demanda ações, práticas e muita conversa. Isso faz diferença no reflexo da empresa no mercado, na hora de reter grandes talentos e no ritmo de inovação. Estar aberta às diferenças torna a empresa também mais disposta a tomar novos rumos e se manter competitiva em um mercado que muda sempre.
Maiara Nakamura, head de Talent Aquisition da PicPay, sinaliza que isso faz diferença inclusive no salário emocional. “Estar em um ambiente onde você é aceito e incluído é extremamente importante. E para chegar nesse grau de maturidade enquanto organização, é preciso muito estudo, sensibilização, planejamento e estratégia.”
Por isso, muitas empresas estão pavimentando caminhos onde a diversidade possa existir de forma saudável e relevante, com os grupos de diversidade.
Indo além das iniciativas pontuais em datas comemorativas, como em junho, com aquelas focadas no público LGBTQIA+, os grupos de diversidade instauram ações o ano inteiro, pensando nas estratégias a partir do negócio.
O modo de atuação vai depender do contexto, mas ele deve focar em acolher a diversidade e pensar em práticas inclusivas. Na Provi, fintech de crédito educacional, o movimento começou como um grupo no canal de comunicação Slack, logo no começo da empresa, e caminhou para um coletivo “que tinha como objetivo criar, desenvolver e consolidar iniciativas para promover a diversidade. O grupo atuava de forma interna, com os colaboradores, e externa, com os alunos financiados com ações com foco em educação e conscientização, recrutamento, seleção e retenção e senso de comunidade e pertencimento”, explica Letícia Batista, Employee Experience, Diversidade e Comunicação Interna da Provi.
Uma pesquisa da Harvard Business revela que os conflitos são reduzidos em até 50% em relação às organizações que não investem em diversidade, por isso o primeiro passo tende a ser o diálogo.
Na Provi, entretanto, o coletivo é atuante em algumas frentes, como conta Letícia: "já tivemos diversas ações, desde a Diversinews, uma newsletter com objetivo de educar e conscientizar; vagas afirmativas, para aumentar a diversidade dentro do nosso quadro de colaboradores; um Offsite do Coletivo, que é um dia onde o time se reuniu presencialmente para discutir e ‘setar’ metas e objetivos do Coletivo no semestre. Além disso, todos os novos colaboradores passam por um onboarding sobre o tema diversidade.”
Para manter o pulso, o grupo se reúne semanalmente, se orientando por cronograma e documentação das ações.
Acolher a diversidade se torna imperativo para as empresas que querem ser mais criativas e inovadoras. Enxergar as possibilidades a partir de diferentes pontos de vista é que traz inovação e criatividade.
“Além de que, as pessoas se sentem muito mais confortáveis em trabalhar em um lugar onde são respeitadas e acolhidas quando olham ao redor. Temos talentos incríveis e nossa cultura interna ajuda muito nisso”, afirma Letícia.
Mas é preciso que as lideranças estejam envolvidas e atentas, para que a empresa consiga absorver e viver de fato a cultura da diversidade e para além do marketing, com a responsabilidade de incluir na estratégia espaço para as diferenças.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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