Empresas devem proibir ou incentivar o uso do ChatGPT?

O uso da Inteligência Artificial aliada aos negócios está virando prática comum. Já era, mas agora, assume uma camada de copiloto, apoiando os colaboradores em funções do dia a dia e criando rotinas mais ágeis. 

O problema? Nem todas as empresas estão vendo com bons olhos. 

A Apple, por exemplo, proibiu o uso interno. A Samsung também. O objetivo é garantir a segurança dos dados. Mas seria a proibição o melhor caminho? Gustavo Bodra, CTO da StartSe, responde: 

Como evitar que o ChatGPT use meus dados ou os da empresa?

Se você está usando o ChatGPT, por padrão ele vai pegar os seus dados e vai usar isso para treinar modelos futuros. Isso é um fato. 

Para que ele não faça isso, você tem a opção de desabilitar o histórico de chat. E aí o ChatGPT não vai usar os seus dados para treinar modelos futuros. 

No entanto, você perde aquele lado esquerdo, onde tem o histórico das suas conversas, porque ele desaparece.

Quais são as preocupações éticas e sociais em relação à Inteligência Artificial e como podemos garantir que sua aplicação não prejudique a igualdade, privacidade e autonomia das pessoas?

Para que a Inteligência Artificial seja mais ética é exatamente o que a gente está fazendo aqui: discutir sobre o assunto. 

• O primeiro passo para a IA ser mais igualitária e mais justa é ter uma discussão aberta e clara sobre o assunto.
• O segundo, é que a legislação tem que ser construída em cima disso.

E quem melhor para construir a legislação do que quem entende de tecnologia junto com o legislador? Isso porque, se você deixa só o legislador construir, não vai ser legal porque ele não conhece o lado técnico.

E se você deixa o cara técnico construir, ele não conhece a legislação. Então a junção dessas duas coisas, e a sociedade discutindo isso, muito provavelmente a gente chega em um resultado que é muito melhor para o contexto como um todo. 

• E o terceiro componente dessa história para mim tem a ver com educação.

Quanto mais a gente educa as pessoas a saberem usar a Inteligência Artificial, mais críticas elas ficam com relação ao resultado. Porque quando a gente fala de uma Inteligência Artificial generativa como o GPT, ele vai ali te cuspir uma série de informações. Cabe ao ser humano que está operando a máquina discernir se aquela informação é certa, errada, é justa, é injusta, se tem viés, se não tem viés.

Como a empresa pode incentivar que o ChatGPT seja usado da maneira correta?

Proibir gera curiosidade e as pessoas vão encontrar formas de usar. Então, aqui dentro da StartSe, a gente entendeu que proibir não ia gerar o resultado que a gente espera. 

E qual o caminho que a gente escolheu? Vamos educar e explicar para as pessoas para que usar e para que não usar. 

Exemplo: informações confidenciais ou dados financeiros da empresa. Isso não dá.

Isso incentivou muito também as pessoas que estavam no processo a trazerem o que elas estavam descobrindo. Então, acabou virando uma rede de discussão. Todo mundo acaba se sentindo dono e responsável pela tecnologia. 

Por que importa?

De acordo com levantamento recente da McKinsey, a IA generativa pode permitir o crescimento da produtividade do trabalho de 0,1 a 0,6% ao ano até 2040. No entanto, os trabalhadores precisarão de apoio para aprender novas habilidades e alguns mudarão de profissão. 

Este movimento deve acontecer desde já. Ao invés de ansiedade, a Inteligência Artificial pode criar movimentos de aprendizagem e soluções dentro da empresa. Mas demanda um novo olhar cultural. E cabe à liderança direcionar o time. 

Leitura recomendada

Desenvolva habilidades em Inteligência Artificial e destaque-se como uma liderança inovadora. Com o curso de ChatGPT e outras ferramentas A.I., você estará preparado para criar soluções avançadas, identificar oportunidades de melhoria e se adaptar às demandas do mercado em constante evolução. Para saber mais, basta clicar aqui.