O Twitter anunciou que vai fechar suas unidades em algumas cidades americanas e europeias. Entenda como isso impacta a rotina dos colaboradores
Escritório do Twitter em Toronto, Canadá (foto: divulgação)
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6 min
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28 jul 2022
•
Atualizado: 5 jun 2023
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Por Ana Julia Guimarães
Já era esperado. O Twitter foi uma das primeiras empresas a adotar o novo modelo de trabalho durante a pandemia e, ainda em 2020, o então CEO Jack Dorsey já disse que a nova prática poderia se prolongar mesmo após os impedimentos da doença. Agora o anúncio é pra valer: a rede social vai fechas seus escritórios em algumas cidades americanas e europeias. Os funcionários ficarão trabalhando de casa sem data determinada para voltar.
Desde o início da pandemia, a rede social incluiu todos os equipamentos necessários para o trabalho dos funcionários no modelo home office, com mesas, cadeiras ergonômicas e outros objetos, além de reembolso pelas despesas de configuração do escritório em casa.
Vale comentar, no entanto, que o Twitter reforçou que essa redução dos escritórios não se transformará em demissões de funcionários.
O novo modelo de trabalho vai completamente contra ao que Elon Musk estava pretendendo ao Twitter, já que, para ele, as relações presenciais de trabalho são essenciais para a manutenção da empresa. Inclusive, no mês passado, Musk reforçou aos funcionários da Tesla que eles deveriam estar no escritório por, no mínimo, 40 horas por semana.
Mas qual a real motivação da empresa? Redução de custos. Isto porque, diminuir a quantidade de escritórios físicos vai significar menores contas de água, luz e manutenção do ambiente no geral.
Segundo a Global Workplace Analytics, instituição de pesquisa e consultoria americana, uma empresa mediana economiza 11% por ano por colaborador que trabalha pelo menos 50% do tempo em home office. Imagina o que isso pode significar para uma empresa grande, não é mesmo?
Essa decisão veio após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2022, em que o Twitter reverteu o lucro líquido de US$ 65,64 milhões, registrado entre abril e junho de 2021. A rede social também anotou um prejuízo de US$ 270,00 milhões, além de uma diminuição de 1% na receita em comparação anual.
De acordo com o Twitter, os números refletem ventos contrários da indústria de publicidade ligados ao ambiente macroeconômico desafiador mais amplo, bem como incerteza relacionada à aquisição pendente do Twitter por uma controlada de Elon Musk.
Outro ponto a ser considerado na remodelação do trabalho da empresa é que o mercado está preocupado com uma possível recessão nos EUA devido à alta de juros para corrigir a inflação. Além disso, o PIB dos Estados Unidos recuou 0,9% no segundo trimestre de 2022 na comparação com o mesmo período em 2021.
Não é só o Twitter que decidiu aderir o home office como um modelo de trabalho eterno, empresas grandes como a Petrobras e Amazon já adotaram a prática e também estão estudando a diminuição dos seus escritórios.
Estamos em tempos de Great Resignation e de uma possível recessão, as empresas precisam buscar o melhor modelo de trabalho considerando a economia e o que faz sentido para a cultura empresa e o seu negócio.
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Jornalista. Possui experiência no mercado financeiro, social media e customer experience. Passou pela XP Inc.
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