Se não está fácil para as startups, que por natureza já nascem em um cenário de riscos e incerteza, para as gigantes de tecnologia o cenário está ainda mais complicado!
, Redator
5 min
•
14 out 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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A Intel está preparando sua primeira grande onda de demissão em mais de 5 anos, segundo reportaram a Bloomberg e o The Information. Os cortes devem afetar “milhares de posições” de marketing e vendas, com o intuito de reduzir os custos da companhia.
A empresa vem enfrentando uma queda na demanda por PCs e servidores frente a uma recessão iminente no mercado. Como resultado, a Intel reportou uma queda de 22% nas vendas e um prejuízo líquido de US$ 454 milhões no último trimestre e teve que revisar sua receita anual e previsão de lucro. Em julho, a companhia anunciou que as vendas totais em 2022 seriam US$ 11 bilhões abaixo do esperado.
Segundo o The Information, o CEO da Intel, Pat Gelsinger, revelou uma série de iniciativas ambiciosas de longo prazo desde que assumiu a liderança no ano passado. Entre os planos estava retomar a fabricação de chips personalizados para outras empresas e recuperar a liderança da Intel na tecnologia necessária para fabricar os chips até 2024. “Mas Gelsinger está enfrentando vários desafios no curto prazo que podem atrasar esses planos”, disse a reportagem.
A companhia deve anunciar os resultados do terceiro trimestre no dia 27 de outubro e, de acordo com a Bloomberg, os layoffs devem acontecer na mesma época. Em julho, a companhia tinha 113.700 colaboradores. O departamento de marketing e vendas pode sofrer cortes de 20%, afirmaram pessoas familiarizadas com o assunto. A ceifada deve reduzir de 10% a 15% dos custos da Intel, estima o analista de inteligência Mandeep Singh.
A última grande onda de demissões na empresa aconteceu em 2016, quando a Intel cortou cerca de 12.000 profissionais – 11% do total. Desde então, a companhia fez cortes menores e fechou algumas divisões como a de modem para celulares. A empresa fez uma pausa nas contratações no início deste ano, quando as condições de mercado tornaram-se menos favoráveis.
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