Companhia se baseou em uma pesquisa de custo de vida local em conjunto ao acesso a itens essenciais, como alimentação, água, habitação, educação, saúde, transporte e vestuário
Natura (Foto: Divulgação Natura)
, Jornalista
5 min
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17 jan 2024
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Atualizado: 17 jan 2024
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Existem conceitos que podem ser relativos. Longe, suficiente e, porque não, mínimo.
A Natura&Co decidiu se distanciar desta ideia e lançou este ano um programa que visa a equidade econômica e social: a renda digna para seus colaboradores da América Latina.
“Acesso à renda digna é a porta de entrada para a manutenção dos direitos básicos do indivíduo. Isso impacta em mais qualidade de vida, autonomia e, consequentemente, mais desenvolvimento da nossa rede”, afirma Marina Leal, gerente de Sustentabilidade e Direitos Humanos de Natura &Co América Latina.
Como a Natura chegou a esse resultado?
Para chegar ao resultado, que não pode ser divulgado em espécie devido a LGPD, a companhia se baseou em uma pesquisa de custo de vida local em conjunto ao acesso a itens essenciais, como alimentação, água, habitação, educação, saúde, transporte e vestuário.
Por tanto, o valor final considera as variações regionais de todas as localidades onde foi aplicado, ponderando o impacto que a jornada de trabalho pode trazer no contato a cada um dos elementos essenciais.
“Para fazer o diagnóstico e entender o tamanho do desafio, o primeiro passo foi o de definir a metodologia que seria utilizada, visto que Natura&Co tem operações em diferentes países que possuem realidades distintas”, diz Lilian Ikeda, gerente de Remuneração, Incentivos e Mobilidade de Natura&Co América Latina.
O que o estudo considerou?
O estudo considerou ainda as metodologias utilizadas no Integrated Profit & Loss Accounting (IP&L, ou Contabilidade Integrada de Lucros e Perdas), ferramenta lançada em 2022 pela companhia que consegue monetizar o impacto dos negócios nos capitais humano, social e ambiental.
Além de olhar para o salário digno praticado na Wage Indicator Foundation, que também dispões de variações entre as regiões do Brasil e os países da América Hispânica.
Há um distanciamento do salário-mínimo vigente, praticado pelo governo, que se baseia no monitoramento de índices econômicos.
A renda digna não é uma iniciativa isolada da companhia. Está inserida na Visão 2030, batizada de Compromisso com a Vida, que enumera diretrizes sustentáveis que a multinacional já adotou ou espera adotar até 2030, incluindo a diferença salarial entre homens e mulheres. No Brasil, já foi eliminada a diferença salarial racial.
Por que importa?
A meta prevista para 2023 na Natura&Co era terminar o ano com 50% da alta liderança feminina. No entanto, já em 2022, foi registrado 52% das colaboradoras com este perfil.
“Estruturamos um programa de avaliação e acompanhamento de pagamento para colaboradores, consultoras e estamos finalizando os estudos em comunidades parceiras da Amazônia”, afirma Marina.
No Brasil são poucas as iniciativas sobre considerar o padrão de dignidade para criar faixas salariais ou bonificações. A Natura&Co, no entanto, parece estar neste quesito uns passos à frente ao integrar o Movimento Salário Digno do Pacto Global da ONU Brasil.
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Simone Coelho é jornalista com especialização em roteiro e storytelling. Começou a sua carreria no mercado editorial escrevendo sobre temas variados, mas durante anos trabalhou também no mercado empresarial, com a construção de conteúdos segmentados e treinamentos. Hoje, divide o seu tempo entre os dois cenários e segue apaixonada pela escrita.
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