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“Já passou da hora de discordar e se comprometer”, diz CEO da Amazon sobre retorno aos escritórios

Apesar do destaque para a busca por produtividade, outros motivos estão por trás do movimento de retorno aos escritórios. Entenda!

“Já passou da hora de discordar e se comprometer”, diz CEO da Amazon sobre retorno aos escritórios

, Jornalista

6 min

4 set 2023

Atualizado: 6 set 2023

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Elon Musk já disse; agora, o CEO da Amazon, Andy Jassy, reforça: volta ao escritório ou procura outro lugar para trabalhar. A fala, feita em evento interno, indica a pressão que os funcionários americanos estão sofrendo para se adaptar ao retorno aos escritórios. 

“Já passou da hora de discordar e se comprometer”, disse  Andy Jassy, de acordo com o Business Insider, acrescentando que não era correto que alguns estivessem presencialmente, enquanto outros se recusavam a fazê-lo.  

Volta aos escritórios com base em dados?

De acordo com o anúncio feito no início do ano, Jassy afirmou que tomou a decisão com base no que funcionou durante a pandemia e após conversar com líderes de outras empresas. 

Ele disse que os altos executivos da empresa concluíram que os funcionários tendiam a se envolver mais pessoalmente e colaborar mais facilmente.

Recentemente, a consultoria Envoy divulgou que oito em cada dez executivos americanos mudariam a forma como organizaram a volta ao presencial se tivessem acesso aos dados para embasar a decisão. E mais: a pesquisa mostra que 23% dos líderes entrevistados afirmaram que tomaram decisões baseados na intuição por falta de dados unificados.

Trago a pesquisa aqui porque, mesmo se colocando como uma empresa orientada por dados, Andy Jassy afirmou nesta reunião interna que a decisão era orientada por um julgamento, quando questionado pelos funcionários sobre os dados que embasaram a decisão. 

O que pode estar por trás do retorno aos escritórios? 

Escritório vazio (Foto: Canva)

A cobrança do retorno mostra que a medida implementada não está sendo seguida. De um lado, colaboradores não entendem porque voltar – e tem uma nova rotina oriunda das mudanças implementadas no home office. 

Do outro, as empresas tiveram investimentos importantes em seus espaços e precisam retornar. Felipe Giannetti, sócio e porta-voz da StartSe no Vale do Silício, diz que o híbrido tem sido o modelo adotado por diversas empresas, mas apresenta pontos relevantes:

Embora a justificativa para essa mudança seja a busca por maior produtividade, é importante ressaltar que outros interesses também estão envolvidos. Um deles é o investimento significativo que as empresas fizeram em prédios corporativos, cujo valor é influenciado pela taxa de ocupação média desses espaços nos últimos anos", conta.

E não é só a Amazon que vê pouca adesão ao presencial: 

“Aqui, muitos escritórios estão com poucas pessoas, até mesmo empresas grandes como GoogleApple Meta. Por outro lado, é interessante que várias startups, mesmo com equipes de até 100 funcionários, escolheram não ter escritórios físicos e preferem o trabalho remoto como modelo principal”, completa.

Por que importa?

O futuro do trabalho é complexo e estamos construindo-o agora. Tiago Alves, CEO da IWG no Brasil, destaca que as bases do modelo de trabalho estão no “colaborador, empresa e cliente. Tem que funcionar para os três.” 

No fim, é sobre se posicionar como uma empresa que cuida da experiência do funcionário, mostrando como a ida dele (ou não) ao escritório impacta o negócio -- e, consequentemente, os empregos. Mas, para isto, é preciso dados, conversa e transparência. 

 

Leitura recomendada

Seja presencial ou a distância, é preciso um modelo de gestão fluida e transparente para seu time realmente se engajar nas entregas e não serem "batedores de ponto". E trazê-los para o presencial não vai mudar isso. A StartSe e outras grandes empresas do mercado adotaram um modelo de gestão capaz de dar resultado e engajamento independente do formato de trabalho. E melhor que isso: aumentou a performance e engajamento do time em níveis altíssimos. Quer saber qual é? Veja aqui qual é e como nós podemos ensinar ela na prática para você.

 

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Imagem de perfil do redator

Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.

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