Processo seletivo: quais pontos você deve levar em consideração ao entrevistar candidatos

O mundo muda mais rapidamente do que nunca e você, como liderança, deve estar mais focadas em observar o potencial de aprendizagem de um candidato.

Ou seja, a capacidade de aprendizagem dele, pode valer muito mais do que o conhecimento acumulado ao longo da sua jornada.

Assim, lembre-se: um ponto muito importante nos processos seletivos é conhecer a história do profissional e entender o quanto o candidato a uma vaga de emprego é capaz de aprender.

Quais cursos este profissional realizou nos últimos anos ou meses, habilidades descritas e até mesmo o tema de alguns assuntos estudados.

Pode ser visto de forma positiva um profissional da área de RH que tem, por exemplo, cursos recentes na área de tecnologia da Informação. Isso já mostra que este profissional se interessa por assuntos diversos e está aberto a aprender tópicos “fora” da sua área de atuação.

Na entrevista de emprego você pode fazer perguntas, como:

• Quais foram os últimos cursos que você realizou?
   
• Como você aprende mais rápido? (lendo, estudando, cursos presenciais ou on line)
   
• Prefere aulas online ou presenciais?
   
• O que pretende realizar em termos de formação profissional no próximo ano?
   
• Quais foram os últimos livros que você leu?
   
• Quais são os influenciadores que você acompanha e admira nas redes sociais?
   
• Por quais assuntos você se interessa fora do âmbito profissional?
   
• Conte uma situação em que teve que aprender algo novo rapidamente?
   
• O que você realmente consegue aplicar no seu trabalho de todo conhecimento que adquiriu até hoje?

São perguntas que trazem muitos dados a respeito da relação do candidato com a aprendizagem, e a partir deles você pode descobrir hábitos, facilidades e interesses do candidato.

Existem inúmeras maneiras de aprender e é vago medir a “capacidade aprendedora” de um profissional, concorda? Porém, arrisco a destacar alguns comportamentos que observo em pessoas que aprendem mais rapidamente.

1 - Estudar e aprender algo novo todos os dias torna-se hábito para essas pessoas

Ou seja, são profissionais curiosos e que têm interesse em diversos assuntos. Alguns vão fundo nas suas especialidades e outros tornam-se mais generalistas. Às vezes têm hobbies e interesses que vão bem além da sua área de atuação.

2 - Humildade

São menos julgadores e aceitam ajuda. Não buscam professores apenas por titulação, sabem que o conhecimento não está somente dentro de grandes instituições, por isso buscam referências.

3 - Investem em formação e sabem fazer renúncias

São profissionais que já postergaram investimento em outras áreas da vida em prol da aprendizagem. Muitas vezes deixaram de trocar de carro para realizar um intercâmbio, além de saberem que quando se fala de educação o orçamento destinado para tal não é uma despesa, mas um investimento. Fazem renúncias e dedicam tempo para adquirir novos conhecimentos.

4 - Aprendem rápido, mas não caem na armadilha do conhecimento

Isso é, são profissionais que estão aprendendo sempre, que conseguem executar e gerar resultado por meio do conhecimento adquirido. Buscam aplicar no trabalho e na vida os conceitos absorvidos e fazem isso com maestria. Diferente daqueles que estão na armadilha do conhecimento: fazem dezenas de cursos e nunca acham que estão prontos para executar os conceitos aprendidos.

5 - Detém um bom nível de autoconhecimento e sabem otimizar a capacidade de aprender

Profissionais que se conhecem mais profundamente têm mais capacidade de fazer ajustes e escolhas que vão impedir o processo de aprendizagem. Por exemplo, esses profissionais sabem se são mais auditivos ou visuais, se funcionam mais em turmas presenciais ou online, e até mesmo qual é o horário do dia que conseguem manter mais foco nos estudos. 

São profissionais que realizam melhores escolhas e sabem usar talentos a favor de uma relação mais otimizada com a aprendizagem.

A quantidade de características de profissionais aprendedores vai muito além desta lista.

*Este artigo não representa a opinião da StartSe; a responsabilidade é do autor.

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