Em mais um apelo ao fim do home office total, a Salesforce lança campanha para engajar funcionários a partir da caridade. Entenda!
Escritório com pessoas trabalhando (foto: Getty)
, Jornalista
7 min
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20 jun 2023
•
Atualizado: 20 jun 2023
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A volta aos escritórios tem trazido desafios para empresas e funcionários, que procuram meios-termos para adaptar a melhor forma de trabalho. Entre os benefícios oferecidos, a Salesforce achou um caminho alternativo: ela vai doar US$ 10 por dia por funcionário que for ao escritório.
No total, a empresa está disposta a desembolsar até US$ 2,5 milhões em troca de funcionários que compareçam ao escritório.
A empresa, que é mantenedora do Slack, foi mudando sua postura ao longo do tempo, passando de team home office a exigir que 65% dos colaboradores estejam de 3 a 4 dias no escritório. Entenda mais sobre essa história aqui.
O posicionamento que a empresa está adotando diz respeito a produtividade. O CEO da empresa, Marc Benioff, escreveu em uma mensagem interna do Slack que os novos funcionários contratados durante a pandemia estão enfrentando “uma produtividade muito menor”, informou a CNBC. E a companhia não está só:
Em nota, a Salesforce posiciona a abordagem Return & Remote a partir das seguintes diretrizes:
“Confiamos que nossos líderes conheçam seus negócios e seu pessoal - incluindo quais trabalhos precisam ser realizados no escritório ou remotamente - e tomem decisões para suas equipes de acordo. Desde que introduzimos essas diretrizes pela primeira vez em fevereiro de 2023, o comparecimento ao escritório aumentou mais de 40% globalmente”, aponta a empresa.
O futuro do trabalho está sendo construído, enquanto empresas encaram novos desafios para crescer e reter os melhores talentos. O meio-termo parece ser o modelo híbrido, que aparece no relatório “Flexibilidade no Trabalho”, do GPTW, como a preferência de 64,7% das pessoas.
No caso da Salesforce, a maior empregadora privada de São Francisco, ela foi uma das primeiras empresas de tecnologia a dizer à sua força de trabalho que não precisava voltar. Agora, desafios do trabalho remoto aliados as condições econômicas pioradas fazem o discurso mudar.
O foco, segundo eles, é melhorar a cultura e a produtividade. Do outro lado, os colaboradores apontam as demissões como maiores agravantes desta cultura – e não o home office. Por quê? O número de funcionários da Salesforce cresceu 32% no ano passado e, no início do ano, cerce de 7 mil funcionários foram ceifados.
Depois de meses desafiadores, a empresa voltou a anunciar melhores resultados e, agora, precisa achar também o caminho para manter os colaboradores engajados. Seria a caridade o melhor jeito? Veremos o resultado em breve.
O desafio que a Salesforce e outras empresas estão enfrentando vai de encontro a duas tendências: como se adaptar à Nova Cultura Organizacional das empresas na pós-pandemia e ainda construir times de Alta Performance (seja a distância ou remotamente)? É difícil equilibrar as duas coisas, mas vários gestores do Vale do Silício estão testando e criando formas eficientes de lidar com isso – que ainda são pouco abordados no Brasil. Quer saber quais são diretamente com esses gestores? Confira aqui
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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