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Empresa monitora funcionários para garantir retorno ao escritório

TikTok estão monitorando funcionários para garantir que ponto seja batido no escritório. O impacto pode ser profundo na cultura e na retenção de talentos

Empresa monitora funcionários para garantir retorno ao escritório

Mulher exausta no home office (Foto: Pexels)

, Jornalista

5 min

18 set 2023

Atualizado: 18 set 2023

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O TikTok resolveu usar uma nova estratégia para atrair os colaboradores de volta aos escritórios: ele passou a rastrear a localização dos trabalhadores. O monitoramento é feito por um software interno chamado MyRTO, segundo o The New York Times. A sigla, em inglês, quer dizer “return to office”.

Por que o TikTok está rastreando os funcionários?

O objetivo da ferramenta é acompanhar de onde está sendo feita a marcação do ponto do funcionário, solicitando explicações para eventuais faltas à empresa. 

O MyRTO cria um painel, que fica disponível para o funcionário, supervisor e RH, com todas as informações. A empresa diz que espera criar uma comunicação mais clara e transparente sobre o retorno aos escritórios.

Como é o sistema de trabalho do TikTok?

O TikTok exige que muitos de seus cerca de 7.000 funcionários nos EUA trabalhem em escritórios 3 vezes por semana desde outubro do ano passado. Algumas equipes são esperadas 5 dias por semana. Os funcionários foram informados de que “qualquer desrespeito deliberado e consistente pode resultar em ação disciplinar” e poderia “impactar nas avaliações de desempenho”, de acordo com o NYT.

Tiktok (foto: Eyestetix Studio/Unsplash)

Cultura do medo: como a medida pode impactar a imagem do TikTok?

O retorno ao escritório tem sido uma questão crucial em muitas empresas -- Amazon, Google e Meta já se pronunciaram e defenderam isso. A questão aqui é o TikTok pode sofrer um impacto maior: na cultura.

De acordo com funcionários ouvidos pelo jornal, a interface do aplicativo e as mensagens transparecem um tom disciplinador, que anda assustando sobre as possíveis consequências. 

Algumas empresas estão intensificando seus esforços de fiscalização, indicando que monitorarão a passagem dos crachás para garantir que os funcionários compareçam. 

  • O Google, por exemplo, pediu retorno ao escritório três dias por semana e que os colaboradores usem crachás para identificar ausências prolongadas. Isso poderia ser incorporado a conversas de avaliação de desempenho.

Mas poucas empresas criaram ferramentas e painéis personalizados com registros diários desses dados para funcionários e seus gestores.


Por que importa?

A falta de dados foi uma das questões que mais pesou para os CEOs decidirem sobre o retorno aos escritórios. Ninguém sabia direito medir produtividade sem considerar presença. 

Logo, lideranças estão empenhadas em encontrar ferramentas que monitorem produtividade (existem casos de monitorar por quanto tempo o trabalhador fica conectado, capturando a tela de forma quase espiã). Aos que regressam aos escritórios, as empresas estão entendendo como medir o nível de lotação e qualidade também no presencial. 

A questão é que as tecnologias podem apoiar e muito, mas precisam cuidar antes de gerar medo. Flexibilidade abriu possibilidades para garantir os melhores talentos. E os melhores sempre terão opções externas. 

Leitura recomendada

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Imagem de perfil do redator

Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.

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