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O futuro do trabalho é híbrido - e o que os co-workings têm a ver com isso?

Nem remoto, nem presencial -- entenda o trabalho híbrido e como os co-workings podem auxiliar na logística

O futuro do trabalho é híbrido - e o que os co-workings têm a ver com isso?

, jornalista da StartSe

8 min

29 abr 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Tainá Freitas

No início da pandemia do novo coronavírus, a aposta era no trabalho remoto. Um ano depois, mesmo que ainda vivamos esse momento crítico, a vacina agora é uma realidade e avança ao redor do mundo – o que permite um olhar para o futuro… E o queridinho do momento é o trabalho híbrido

Depois de experimentado o home office, milhares de empresas e funcionários querem continuar trabalhando nessa rotina, mas combinando-a com visitas aos escritórios -- e os co-workings estão se mostrando uma peça-chave neste momento.

Uma pesquisa da Edelman Data x Intelligente de janeiro de 2021 entrevistou 31 mil pessoas empregadas. O veredicto foi: 73% dos funcionários querem que a flexibilidade do trabalho remoto continue, ao mesmo tempo em que 67% deseja mais colaboração presencial após a pandemia.

 

COMO ISSO IMPACTA NOS ESCRITÓRIOS?

Em 2020, muitas empresas começaram a reavaliar seus espaços físicos e até diminuir (ou fechar totalmente) seus escritórios. Não fazia sentido, naquele momento, manter os aluguéis por espaços enormes não aproveitados.

Em 2021, entregar totalmente os escritórios deixou de ser algo comum -- empresas como Google já estão prevendo inclusive quando será o retorno dos funcionários --, mas a diminuição dos espaços persiste. A Cielo, por exemplo, está devolvendo 5 de 11 andares de escritório que possui em Alphaville, em São Paulo. A empresa estima que a economia deve chegar em 58% nos gastos recorrentes. Em pesquisa com 2 mil funcionários, 92% sugeriu três dias de trabalho remoto -- modelo que a Cielo deve adotar daqui pra frente.

Essa parece ser uma tendência geral: ainda de acordo com a pesquisa da Edelman, 66% dos líderes das companhias estão adaptando os escritórios e contratos para oferecer esse modelo misto de trabalho.

 

E OS CO-WORKINGS?

Os co-workings são empresas que fornecem espaços de trabalho compartilhados entre companhias. A maioria permite o aluguel de mesas específicas -- chamadas de “hot desk” -- até aluguéis de salas e andares completos.

Os contratos costumam ser flexíveis, facilitando a redução e o aumento de salas alugadas de acordo com a necessidade do cliente. Por isso, tem sido uma opção interessante para as companhias que estão adotando o trabalho remoto ou híbrido, pois toda a gestão do escritório é terceirizada pelos co-workings.

Na prática, as empresas deixam de se preocupar com limpeza e manutenção do escritório e podem modificar o tamanho de acordo com a presença esperada de pessoas naquele mês, por exemplo. 

“Houve uma mudança de comportamento de um ano para o outro. Antes, as pessoas achavam que não voltariam para os escritórios, mas descobriram o valor da interação humana. O encontro físico rende mais do que no online em atividades em equipe, de criatividade e é importante para a cultura das empresas”, afirma Fernando Bottura, CEO da rede de co-workings GoWork, em entrevista à StartSe. Ele cita o exemplo da LBCA Advogados, que deixou o escritório próprio para entrar no co-working.

Mesmo quem adere ao trabaho 100% remoto sente a necessidade de reunir as pessoas ocasionalmente, quando seguro, e as salas de reunião de co-working também podem ser uma opção para isso.

 

“HOME FLEX OFFICE”

No início da pandemia, o maior índice de cancelamento da GoWork foi de pequenos negócios e empreendedores. Agora, até mesmo este público está se recuperando e voltando a frequentar as mais de 15 unidades da rede em São Paulo.

“Antes, tínhamos 80% do público de grandes empresas e 20% de pequenos empreendedores. Agora, o índice de empreendedores e pequenas empresas é de 35%. Há uma necessidade de voltar a ver pessoas e ter interação”, afirmou Bottura.

O que pode ter acelerado esse processo de retorno é o plano “Home Flex Office” oferecido pela GoWork. A empresa passou a subsidiar parte do preço e ofereceu um formato híbrido em que o cliente pode utilizar a hot desk três vezes por semana. O valor, antes próximo de R$ 900, passou a ser cerca de R$ 300.

Outras redes de co-working também passaram a focar ainda mais na flexibilidade. A WeWork, rede global do segmento, oferece o plano “All Access”, no qual os clientes podem reservar mesas e frequentar os escritórios ao redor do mundo.

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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.

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