Companhias que oferecem benefícios educativos ganham profissionais mais qualificados e satisfeitos com a cultura corporativa.
Pessoas trabalhando e rindo em startup (foto: Brooke Cagle/Unsplash)
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Por Emily Nery
A realidade é uma só: o mercado de trabalho está mais competitivo e exige profissionais cada vez mais capacitados. Quem está em busca de melhores oportunidades de emprego sabe a necessidade de se atualizar constantemente. Por outro lado, as empresas precisam garantir que contam com os colaboradores mais qualificados do mercado se querem continuar competitivas. Mas a junção de trabalho e estudo pode ser por vezes cansativa e cara.
Um levantamento feito pelo Instituto Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior) em 2019 apontou o crescimento de 74% no número total de alunos que frequentam aulas de especialização em nível superior desde 2016.
Em universidades e escolas da rede privada, esse número subiu 88%. Porém, as chances não são para todos. A pesquisa revela também que a maioria das pessoas que frequentam instituições de ensino de nível superior possuem rendimento médio mensal em torno de R$ 4,6 mil.
Pensando no investimento pessoal e profissional de seus funcionários, algumas companhias viram na educação uma oportunidade chave para investimento. Enquanto os colaboradores se beneficiam de cursos voltados à sua aptidão e melhoram sua capacitação, a empresa possui um time mais qualificado e mais motivado ao conseguirem conciliar a vida acadêmica e profissional.
Além de reter talentos, o auxílio-educação ajuda a formar trabalhadores qualificados que são escassos no mercado de trabalho.
Operando desde 2016, a academia Santander é uma universidade corporativa criada para dar cursos e treinamentos sobre temas relacionados ao mercado financeiro. Ela conta com cinco unidades físicas -- em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre -- onde foram instalados 15 ambientes de coworking e 33 salas de aula.
O aprendizado também ocorre em ambiente digital, por meio de uma plataforma online que funciona 24 horas por dia durante 7 dias por semana. Esse formato já possui mais de 2 mil aulas e workshops em diferentes formatos, inclusive com acesso aos conteúdos de outros países em que o Santander atua. Dependendo da formação, o aluno recebe um certificado reconhecido nacionalmente e até fora do país. Neste sentido, o banco oferece também o Programa Mundo Santander para quem deseja atuar em outros países em projetos transformadores.
Mas o investimento na manutenção dos estudos não é exclusivo a grandes companhias. Hoje em dia há facilitadores que permitem que o empresário ofereça benefícios voltados à capacitação profissional do funcionário sem precisar desenvolver um grandioso projeto. Algumas marcas obtêm parcerias internas com escolas de idiomas ou instituições de ensino, de modo que o empregado escolha um curso com um generoso desconto ou até fique isento do pagamento. Algumas marcas reservam até uma parcela do horário de trabalho para que seu time invista em aulas e cursos online.
Outras, fazem com que seus próprios times assumam os papéis de mestre e aprendiz. É o caso da Gupy, startup de recrutamento e seleção. Daniela Macedo, especialista em recursos humanos da marca, conta que periodicamente seus funcionários dão aulas aos outros integrantes das áreas. “Pelo menos uma vez por mês temos uma aula dada por um dos nossos colaboradores.”
Os temas são bem variados e vão de acordo com a expertise do profissional. No final, a iniciativa acaba engajando os colaboradores a se conhecerem e aprenderem sobre uma nova área que também faz parte da empresa em que trabalham. Como bônus, ainda reforça o senso de coletividade.
Adicionalmente, a Gupy possui estações de ensino internas, na qual alguns de seus times, como de Marketing e Customer Success “criam suas próprias academias educacionais para que os gupiers (apelido dado aos funcionários da marca) se mantenham em constante desenvolvimento”, conta Daniela.
Para aqueles que procuram por formações profissionais mais longas e caras, a startup fechou recentemente uma parceria com a Creditas para disponibilizar crédito consignado para o “Gupiers”. “Nossos funcionários podem utilizar conforme a necessidade, inclusive para educação”, explica Daniela.
Durante a pandemia, o encontro presencial para palestras, workshops, aulas de pós-graduação e MBAs ficou praticamente impossível. Assim, o número de cursos de extensão online aumentaram vertiginosamente - a plataforma de ensino Udemy registrou crescimento de 95% entre abril e maio de 2020 no Brasil. Paralelamente, as pessoas sentiram a necessidade de investir na qualificação de suas carreiras enquanto trabalhavam em casa.
Nesse ínterim, empresas aderiram aos benefícios flexíveis, deixando para o empregado escolher a forma como ele deseja utilizar o seu saldo. Desse modo, algumas companhias que oferecem esse tipo de serviço passaram a incluir o “auxílio-educação” em sua cartela enquanto outros permitem que o colaborador invista nesta área usando o próprio “Saldo livre”.
Com o intuito de fomentar a capacitação dos trabalhadores, o artigo 368 do Regulamento no Imposto de Renda prevê que “poderão ser deduzidos, como despesa operacional, os gastos realizados com a formação profissional de empregados''. Assim, quando o empregador for declarar o IR no próximo ano, o valor investido no auxílio-educação será deduzido como despesa para investir na carreira de seus funcionários.
Vale reiterar que o benefício não faz parte do salário do trabalhador, portanto, seu registro deverá ser feito separado da folha de pagamento.
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